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CPI dos Trens: passagem do transporte ficará abaixo de R$ 6, garante Supervia

Reunião aconteceu na sala nº 1808 do Edifício Lúcio Costa, na sede da Alerj

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Plenário da Alerj
Plenário da Alerj (Foto: Julia Passos/Alerj)
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Em depoimento realizado nesta segunda-feira (21) na CPI dos Trens da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o Diretor-Presidente da Supervia, Antônio Carlos Sanches, revelou que o movimento de usuários dos trens caiu, na pandemia, de 600 mil usuários/dia para 180 mil e, hoje, é de 340 mil. “Precisaríamos de mais 110 mil passageiros/dia para equilibrar os custos operacionais, ou seja, 450 mil usuários. Ano passado recorremos à recuperação judicial, que suspende por um período o pagamento de dívidas aos credores. Sabemos que o serviço não está bom, mas acredito que a CPI seja uma oportunidade para que a Supervia diga os porquês dos problemas que têm acontecido no transporte ferroviário fluminense. É uma questão estrutural, que a concessionária não resolverá sozinha e quem sofre com a degradação do serviço é o passageiro. Ninguém gosta de ver imagens de trens lotados diariamente! Com relação à tarifa, estamos em negociação com o Governo e a Agetransp, mas este valor ficará abaixo de R$ 6, apesar de não termos um número fechado”, declarou Sanches.

De acordo com o deputado Waldeck Carneiro, relator da CPI, se a tarifa saltasse de R$ para R$ 6, já representaria um aumento de 20% no valor. “Nenhum trabalhador, em 12 meses, teve essa majoração salarial! Eu sugeri, desde o primeiro momento, que se levasse em conta o IPCA, que no último ano acumulou o índice de 10,54%, o que elevaria a tarifa a R$ 5,50, lembrando que pagar R$ 5 já é difícil para o usuário de trens”, disse o parlamentar.

Waldeck também chamou a atenção para o fato de o Secretário de Estado de Transportes, André Luiz Nahass, na audiência, ter se declarado impedido de participar do debate do aumento da tarifa porque, há dez anos, foi assessor jurídico da Supervia. “É lamentável que o secretário não possa atuar diretamente numa das questões mais centrais da mobilidade urbana do estado, que é a do transporte ferroviário. Também não entendo como o Conselho Estadual de Transportes e Logística, que ele preside, não se reuniu desde que ele chegou ao cargo, em novembro passado”, lembrou Waldeck.

Já a assessora-chefe do Gabinete do Governador, Priscila Sakalem, garantiu aos deputados que o Governo do Estado está realmente estudando implementar uma tarifa social, conforme recomendado pela Agetransp, com um valor do modal inferior a R$ 6. Segundo ela, no contrato de concessão estava previsto o IGP-M, atrelado ao dólar, como índice de reajuste anual, mas houve uma mudança para o IPCA na mesa de negociação. “Os valores serão reajustados, a partir de agora, de acordo com este índice até que se chegue a um aumento compatível com os custos do setor ferroviário. Este valor será revestido em investimentos do Governo do Estado nesta área”, afirmou.

A CPI aconteceu na sala nº 1808 do Edifício Lúcio Costa, na sede da Alerj e foi transmitida pela TV Alerj e pelo youtube da Casa. Também estavam presentes o secretário estadual de Transportes (Setrans), André Luiz Nahass, representantes da Secretária Estadual de Fazenda (Sefaz), os assessores de gabinete do governador Cláudio Castro, Haroldo Ennes e Priscila Sakalem, e representantes da Defensoria Pública estadual (DPERJ) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ).

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