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Brasil

Ação da Cidadania alerta para gravidade do ‘Pacote do Veneno’ e lança site para cobrar votos de senadores

Estudos apontam que alimentos consumidos por crianças têm resíduos de agrotóxicos

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Ação da Cidadania alerta para gravidade do 'Pacote do Veneno' e lança site para cobrar votos de senadores
Ação da Cidadania alerta para gravidade do 'Pacote do Veneno' e lança site para cobrar votos de senadores (Foto: Divulgação)
Ação da Cidadania alerta para gravidade do 'Pacote do Veneno' e lança site para cobrar votos de senadores

Ação da Cidadania alerta para gravidade do ‘Pacote do Veneno’ e lança site para cobrar votos de senadores (Foto: Divulgação)

Você daria para o seu filho comer um pacote cheio de veneno, desses de matar pragas? Ou então provaria uma salada preparada com pesticidas? Pois essas são algumas propostas do “Pacote do Veneno”, como ficou conhecido o PL 6299/2022 que aguarda votação no Senado. A Ação da Cidadania, organização que há quase 30 anos luta contra a fome e pelo direito à segurança alimentar, lançou recentemente a plataforma online (https://comidasemveneno.acaodacidadania.org.br/) para informar a população sobre como devem votar os senadores e também reivindicar respostas daqueles que são a favor ou ainda não se posicionaram diante do poder nocivo dos agrotóxicos. O site também traz informações sobre a petição que pede a aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos e disponibiliza os canais de comunicação de parlamentares que vão deliberar sobre o projeto.

“A população poderá acompanhar como se posicionam os representantes de seus direitos e também cobrá-los para que o país não viva um retrocesso histórico, que só vai beneficiar os interesses econômicos do agronegócio. Alimentos orgânicos e agroecológicos devem ser acessíveis a todos, tanto na oferta quanto no preço. Não podemos deixar que o pequeno agricultor seja intimidado pela grande indústria”, reforça Rodrigo “Kiko” Afonso, diretor-executivo da Ação da Cidadania.

Antes da aprovação do PL, especialistas e organizações da sociedade civil já alertavam sobre o impacto que esses venenos vão provocar na saúde de quem trabalha no campo e de quem consome o que é produzido. O projeto substitui o atual marco legal (Lei 7.802), flexibilizando o uso de pesticidas, aplicação de substâncias cancerígenas e a autorização de registros sem a concordância dos órgãos fiscalizadores.

Todo esse veneno chegará à mesa dos brasileiros a partir da permissão de representantes escolhidos como defensores da população. E as crianças, inevitavelmente, vão continuar sendo as mais prejudicadas. Segundo o estudo “Neste pacote tem veneno”, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), 59% dos produtos ultraprocessados mais consumidos no país têm resíduos de agrotóxicos. Entre eles, biscoitos, bisnaguinhas e bebidas lácteas. Na maioria dos produtos, foram encontradas substâncias que têm potencial cancerígeno e que são relacionados à má formação embrionária e a problemas no sistema nervoso central em ratos.

“A fome está na porta de dezenas de milhões de brasileiros, mas o Governo segue batendo recordes de produção e exportação, sem considerar o adoecimento da população, que ainda se recupera dos efeitos da pandemia. No país da biodiversidade, a Ação da Cidadania reforça a importância de uma alimentação segura, nutritiva e suficiente. Comer é um direito”, finaliza Kiko Afonso.

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