Automobilismo
7 hábitos que mais estragam o carro e o que mudar para preservar o seu veículo por mais tempo
Hábitos que todo motorista deve abandonar
Muita gente acha que só falta de revisão ou peça velha estraga carro, mas, na prática, o que mais maltrata um veículo são pequenos costumes do dia a dia, que passam batido porque parecem “normais”, mesmo quando o próprio carro dá sinais claros de que não está “gostando” desses hábitos.
Descansar a mão no câmbio causa prejuízos ao carro
O costume de dirigir com uma mão no volante e a outra apoiada na alavanca de câmbio é bem comum, principalmente em trajetos longos. O que muita gente esquece é que essa alavanca está ligada a mecanismos internos delicados, responsáveis por selecionar e engatar as marchas.
Quando existe pressão constante ali, mesmo que leve, essa força é transmitida para dentro da transmissão. Com o tempo, o esforço extra pode desgastar sincronizadores e engrenagens, deixando as trocas de marcha mais duras, gerando arranhados no câmbio e até folgas internas, com reparos caros em oficinas especializadas.

Andar na reserva prejudica o carro e não só o bolso
Abastecer sempre “no limite”, esperando a luz da reserva acender, aumenta o risco de pane seca e interfere no sistema de alimentação. No fundo do tanque ficam sedimentos e impurezas que, em níveis muito baixos de combustível, circulam com mais facilidade por linhas, filtros e bicos.
A bomba de combustível também sofre, pois é resfriada e lubrificada pelo próprio combustível. Com o tanque quase vazio, ela trabalha mais quente, encurtando sua durabilidade e, em carros mais antigos, essa combinação de sujeira e aquecimento pode causar falhas, perda de desempenho, aumento de consumo e emissões.
Frenar em excesso e ignorar ruídos aumenta o desgaste
Muitos motoristas conduzem com o pé “pendurado” no freio, mesmo sem necessidade real de parar. Essa leve pressão constante mantém o sistema mais quente e desgasta pastilhas e discos bem mais rápido, sobretudo em tráfego intenso e com frenagens bruscas.
Somado a isso, surgem ruídos como rangidos em buracos, estalos ao esterçar e chiados ao frear, primeiros sinais de folgas ou desgaste anormal. Ignorar esses avisos transforma ajustes simples em panes na rua, que afetam a segurança, o dono do veículo e o trânsito ao redor.
Uso incorreto do freio de mão e do motor frio causa danos
Ao estacionar em ladeiras, muitos deixam o carro apenas na posição “P” ou com uma marcha engatada, sem acionar o freio de mão. Nesse caso, boa parte do peso do veículo fica apoiada em componentes internos do câmbio, que não foram projetados para segurar o carro sozinhos por longos períodos.
Outro erro comum é acelerar forte logo após a partida, com o motor ainda frio. Mesmo em modelos modernos, isso aumenta o atrito interno, especialmente em dias gelados. Conduzir de forma suave nos primeiros minutos, com giros mais baixos, ajuda o motor a atingir a temperatura ideal sem esforço excessivo, preservando lubrificante e componentes internos.
No YouTube, no canal Zapay, é apresentado o vídeo “7 Hábitos que Mais Estragam os Carros”, com uma abordagem informativa e educativa, alertando sobre comportamentos comuns que podem acelerar o desgaste e causar danos aos veículos no uso diário.
Descer usando só o freio é prejudicial ao sistema de frenagem
Em descidas longas, como em serras, muita gente mantém o pé no freio o tempo todo acreditando ter mais controle. Na prática, isso superaquece o sistema, reduz a eficiência da frenagem e acelera o desgaste de pastilhas e discos, podendo causar perda de resposta em situações críticas.
Nessas situações, o freio motor é um grande aliado, usando marchas mais baixas para ajudar a segurar o carro. Ao reduzir antes da ladeira, o motor atua como resistência, limitando a velocidade, prática comum em caminhões, ônibus, carros de corrida e também em veículos automáticos com modos específicos de descida.
Pequenas mudanças de hábito ajudam a proteger o carro
A maior parte desses problemas pode ser evitada com ajustes simples na postura ao volante e um pouco mais de atenção aos sinais do carro. Não é preciso conhecimento técnico avançado, apenas transformar manias em novos reflexos que preservam componentes e aumentam a segurança.
Alguns exemplos de mudanças práticas e fáceis de adotar no dia a dia são:
- Manter as duas mãos no volante, evitando apoiar na alavanca de câmbio.
- Abastecer com antecedência, sem esperar a luz da reserva acender sempre.
- Usar o freio de mão ao estacionar, principalmente em subidas e descidas.
- Dirigir com aceleração suave nos primeiros minutos de uso do carro.
- Observar ruídos novos e buscar orientação mecânica quando algo mudar.
- Recorrer ao freio motor em descidas, em vez de ficar com o pé no freio o tempo todo.
Além dessas atitudes, vale criar o hábito de fazer inspeções simples em casa, evitando que pequenos defeitos avancem sem serem notados. Essas verificações rápidas ajudam a identificar problemas precoces e a programar visitas à oficina com mais tranquilidade.
- Nível de óleo e sinais de vazamentos visíveis na garagem.
- Condição dos pneus e calibragem adequada para o uso diário.
- Funcionamento das luzes, como faróis, lanternas e setas.
- Comportamento do pedal de freio, percebendo mudanças de curso ou firmeza.
Explorar esse tipo de curiosidade automotiva ajuda qualquer motorista a entender melhor como o carro reage aos hábitos do dia a dia e a perceber como pequenos cuidados fazem grande diferença na hora de manter o veículo saudável por mais tempo.