Automobilismo
BYD está enfrentando sua maior barreira no Brasil agora
Veja os impactos para quem comprou ou pretende comprar.
No início de 2025, uma decisão judicial surpreendeu o mercado automotivo ao proibir a BYD de vender carros com tecnologia 4G no Brasil. O imbróglio envolve patentes, acordos internacionais e diretrizes nacionais para proteção de propriedade intelectual. A medida tem impactos diretos para consumidores, concessionárias e para o avanço das tecnologias embarcadas no país.
- Os motivos legais que motivaram a suspensão das vendas de veículos BYD com 4G.
- As consequências práticas para consumidores e parceiros da montadora.
- A situação atual do caso e possíveis desdobramentos para o setor automotivo brasileiro.
Qual foi o motivo legal da proibição de vendas dos carros BYD com 4G?
A tecnologia 4G utilizada nos carros BYD foi alvo de questionamentos por um consórcio detentor de patentes no Brasil. Alegou-se que a montadora asiática estaria infringindo direitos ao utilizar módulos de conectividade sem licença nacional válida. O processo tramita na Justiça de São Paulo e, até o momento, determina que os modelos BYD equipados com essa tecnologia fiquem proibidos de serem comercializados no território brasileiro.
A decisão é baseada em lei federal de propriedade intelectual, que garante exclusividade aos detentores de inovações registradas. O descumprimento pode acarretar multas e até a apreensão de veículos, caso haja circulação após a proibição. Por isso, montadoras e fornecedores têm buscado acordos para resolução rápida do impasse, evitando prejuízos ainda maiores ao setor.
Impactos para consumidores, concessionárias e o mercado automotivo
Com a suspensão das vendas, consumidores que estavam prestes a receber seus carros enfrentam atrasos ou até mesmo o cancelamento de pedidos. Algumas concessionárias, já com veículos em estoque, foram notificadas sobre os riscos de comercialização e a necessidade de prestar informações adequadas aos clientes.
Entre as consequências imediatas, destacam-se:
- Interrupção temporária das entregas de modelos BYD afetados.
- Possível necessidade de atualização tecnológica caso acordos com os titulares de patentes não sejam fechados.
- Redirecionamento da demanda para outros modelos ou marcas concorrentes enquanto durar a proibição.
A situação também acende um alerta para outras montadoras de veículos elétricos e conectados que operam no Brasil. O mercado nacional passa a exigir ainda mais atenção ao cumprimento rigoroso das normas de propriedade intelectual e dos acordos de licenciamento de tecnologia.

A tecnologia 4G ainda pode voltar a equipar veículos BYD no Brasil?
Existe a possibilidade de que BYD consiga retomar a venda de veículos com 4G no Brasil, desde que seja firmado um acordo de licenciamento ou as pendências judiciais sejam solucionadas. O recurso contra a decisão inicial segue em análise, e há negociações em andamento com o consórcio de patentes para encontrar uma alternativa que atenda a legislação brasileira.
Especialistas do ramo automotivo apontam que disputas semelhantes já aconteceram com outras tecnologias, como conectividade 3G e sistemas avançados de entretenimento a bordo. Nesses cenários, a solução geralmente parte de acordos comerciais bilaterais, sem maiores danos permanentes ao mercado e aos consumidores.
Ainda assim, o episódio serve como referência para que montadoras invistam em compliance tecnológico e busquem parcerias preventivas. Enquanto não houver resolução definitiva do processo, apenas veículos BYD sem módulo 4G poderão ser vendidos no território nacional.
A decisão da Justiça sobre BYD e carros 4G muda o cenário dos veículos conectados no Brasil
- A suspensão das vendas de modelos BYD com conectividade 4G reforça a importância do licenciamento de patentes para tecnologias embarcadas no setor automotivo brasileiro.
- Consumidores e montadoras precisam redobrar a atenção para exigências legais antes da comercialização de novas soluções inteligentes.
- A tendência é que acordos e adaptações flexibilizem o uso futuro dessas tecnologias, mas o caso servirá de parâmetro para inovações conectadas no país.
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