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Brasil

Assedio sexual e cultura do machismo nas relações trabalhistas

Nesses ambientes tóxicos é muito comum termos ciência do assédio sexual e o drama vivenciado por essas mulheres

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Mulher cabisbaixa
(Divulgação)

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Recentemente foi noticiado por vários veículos de comunicação o fato ocorrido envolvendo a humorista Dani Calabresa e seu ex-diretor Marcius Melhem. O caso foi retratado de forma minuciosa através de entrevista concedida à revista Piauí, que na ocasião, ouviu relatos detalhados de 43 pessoas diretas ou indiretamente envolvidas na denúncia da comediante.

A partir da publicação de inteiro teor da entrevista concedida, houve grande movimentação das redes sociais, correntes de apoio com a #mexeucomumamexeucomtodas, levando à tona um assunto que, para quem milita no ramo do direito do trabalho como a advogados trabalhista Mariluza Cavalcanti, infelizmente não é novidade. Na realidade, esse caso apenas reflete uma prática comum em muitas organizações. Ela explica que na maioria das vezes, as assediadas demoram a entender que de fato estão sendo vítimas de assédio. “Quando finalmente a vítima se conscientiza que está diante de um crime de assédio, por vezes o medo a paralisa. O assediador, por sua vez, é perverso. Ele sabe a influência que tem sobre a vítima, o medo que a assola, a vergonha e a certeza que tem todo o controle da situação.”

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Quando finalmente a vítima se encoraja a enfrentar o assédio sofrido e dar um basta naquela situação, por vezes se depara com outras circunstâncias diversas ao que espera: insensibilidade alheia, descrença, impunidade, além de total falta de acolhimento.

Num país como o nosso, onde a cultura do machismo ainda é uma corrente forte e resistente, deve-se implementar no mundo corporativo, políticas internas anti-assédio, criar metas em prol da ocupação de espaços, principalmente na direção e cargos de liderança, por mulheres.

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