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Durante o depoimento Moro entregou à PF conversas dos últimos 15 dias com Bolsonaro

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Sergio Moro (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

No depoimento prestado no sábado, em Curitiba, o ex-ministro Sergio Moro afirmou aos investigadores que cabe ao presidente Jair Bolsonaro esclarecer os motivos das tentativas de interferência na Polícia Federal e reiterou as acusações feitas no pedido de demissão, no dia 24.

Os diálogos entregues pelo ex-ministro à PF se referem apenas ao período dos últimos 15 dias em que manteve contato com Bolsonaro. Moro confirmou que uma das preocupações do presidente eram inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal e entregou cópia da conversa, na qual Bolsonaro cita que a investigação contra os aliados seria “mais um motivo” para a demissão do então diretor-geral da PF Maurício Valeixo.

Ao prestar depoimento, Moro entregou o celular para que a Polícia Federal venha a extrair cópias das conversas relevantes para a investigação. O ex-ministro, entretanto, não guardou diálogos antigos, por ter receio de ser alvo de novos ataques hacker. Por isso, as conversas entregues por Moro se referiam apenas aos últimos 15 dias, quando ele já acumulava atritos com Bolsonaro e sofria pressão para demitir Valeixo.

Além da conversa com o presidente, a PF também copiou as conversas mantidas pelo ex-ministro com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), que tentou convencê-lo a aceitar a demissão de Valeixo. O material será periciado pela PF.

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