Conecte-se conosco

Brasil

Empresas buscam profissionais com mais de 50 anos

Especialista diz quais características elas estão buscando

Publicado

em

Empresas buscam profissionais com mais de 50 anos
Empresas buscam profissionais com mais de 50 anos

Em um país como o Brasil, em que 26% da população tem acima de 50 anos, as oportunidades de emprego para essa faixa etária ainda são restritas. Hoje há uma dificuldade crescente para a geração madura se inserir no mercado de trabalho exatamente por causa do etarismo e dos avanços tecnológicos. Companhias como PepsiCo, Delloite, Credicard, Banco Neon e Kimberly Clark estão desenvolvendo programas para aumentar a diversidade etária de suas equipes. Para essas empresas, ter um time diverso, que consegue pensar em várias possibilidades e mercados, virou um grande trunfo para alcançarem um público cada vez maior. Nesse cenário, algumas habilidades dos profissionais acima de 50 anos passaram a ser vistas como estratégicas para os negócios. Na lista de competências estão comprometimento, inteligência emocional e experiência. 

Segundo a especialista em Liderança e Gestão de Pessoas e CEO da Alba Consultoria, Rosa Bernhoeft, a geração 50+ também está sendo chamada de “novos 30”. “As empresas buscam nestas pessoas a maturidade emocional e a maturidade profissional, que também traz uma maturidade em relação à responsabilização e ao senso de urgência. Essas pessoas já estão há pelo menos 25 anos em atividade profissional e este fator está aliado ao aspecto de jovialidade que essas pessoas mantêm, pois hoje em dia, todos estão procurando manter a saúde realizando atividade física, cuidando da aparência etc”, explica.

Ainda segundo Rosa, a distância entre as gerações acontece por uma questão de relacionamento com a realidade. “Levar pessoas mais experientes para o convívio de pessoas mais novas pode resultar num intercâmbio valioso e um processo de mentoria reversa, em que os jovens estão atualizando os mais velhos e os mais velhos estão trazendo seus conhecimentos para dentro da organização”, diz. 

Rosa finaliza dizendo que as empresas podem se beneficiar com isso e precisam manter políticas relacionadas à educação, atualização e habilitação desses profissionais. “As empresas precisarão, da mesma maneira, preparar estes jovens para uma interlocução produtiva com as gerações mais antigas, políticas em relação aos modelos de recompensa, aos sistemas de avaliação de performance e desempenho e em relação às atividades ou projetos de inovação, dado que estas pessoas trazem um olhar de que é importante conservar alguns aspectos importantes da organização que fazem parte da identidade dela. No mais, é muito bom ter gerações trabalhando juntas para que essa diversidade possa ter um efeito criador forte”.

Continue lendo