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IPCA avança 0,73% em dezembro e encerra 2021 com alta de 10,06%

É a primeira vez desde 2015 que o indicador encerra o ano na casa dos dois dígitos

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(Foto: Marcelo Camargo/ Divulgação: Agência Brasil)
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IPCA avança 0,73% em dezembro e encerra 2021 com alta de 10,06% (Foto: Marcelo Camargo/ Divulgação: Agência Brasil)

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,73% em dezembro e, com isso, o indicador da inflação oficial encerrou 2021 com alta acumulada de 10,06%, conforme dados divulgados, nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira vez desde 2015 que o indicador encerra o ano na casa dos dois dígitos.

O resultado do IPCA ficou acima das projeções do mercado, que chegou até a prever nesta semana uma variação de um dígito, mas errou na revisão que passou para 9,99%, conforme as estimativas do boletim Focus, do Banco Central.  A mediana das expectativas para o IPCA de dezembro era de alta de 0,65%. O dado registrado, de 0,73%, apresenta desaceleração em relação ao salto de 0,95% de novembro, uma vez que não houve reajuste da gasolina no mês passado. O combustível foi um dos vilões da inflação de 2021, com alta de 47,49% no ano. Mas todos os grupos pesquisados registraram alta em dezembro, com destaque para alimentação e bebidas e vestuário, segundo dos dados do IBGE.

Estouro da meta

A meta de inflação que é determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e precisa ser perseguida pelo Banco Central era de 3,75%, com teto de 5,25% em 2021. Ao descumprir o objetivo, a autoridade monetária precisa encaminhar uma carta justificativa ao Ministério da Economia contendo descrição das causas do descumprimento da meta, as providências para assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos e o prazo no qual se espera que as providências produzam efeito. O documento, de acordo com o BC, será informado “oportunamente, de forma ampla e tempestiva”.

Esta é a sexta vez que o BC descumpre a meta de inflação desde o início do regime, em 1999, com o custo de vida ficando acima das bandas de tolerância.  Em 2001, 2002, 2003 e 2015 a inflação rompeu o teto e, em 2017, o IPCA ficou abaixo do piso.

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