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Mulheres chefiam, mas são poucas em cargos de CEO

Especialista diz o que elas podem fazer para mudar esse cenário 

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Mulheres chefiam, mas são poucas em cargos de CEO
Mulheres chefiam, mas são poucas em cargos de CEO (Foto: Divulgação)
Mulheres chefiam, mas são poucas em cargos de CEO

Mulheres chefiam, mas são poucas em cargos de CEO (Foto: Divulgação)

Com o crescimento na representação feminina nos quadros de dirigentes das empresas no país, aquela imagem da mulher frágil e dona de casa está com os dias contados. A maioria das grandes empresas da área já compõe cargos de comando de forma igualitária entre homens e mulheres, mas poucas estão no cargo de CEO. A minoria ainda é percebida, também, em peças de publicidade veiculadas em TV Aberta e Redes Sociais, por exemplo, onde mulheres caíram de 74 para 62%, enquanto outras etnias cresceram a representação de 4% para 11%. Já no Facebook, a presença de mulheres negras caiu de 35 para 25%.

Como continuar diminuindo essa diferença entre homens e mulheres no mercado de trabalho? Para a especialista em liderança e altos executivos, Rosa Bernhoeft, elas têm um longo caminho para conseguirem equilíbrio entre CEOs homens e mulheres. “A presença feminina nas empresas é maior na base da pirâmide, se mantém grande em cargos de chefia intermediária e se afunila drasticamente nas posições de CEO”.

Rosa Bernhoeft

Rosa Bernhoeft, especialista em liderança e altos executivos (Foto: Divulgação)

Segundo Rosa, a primeira dica para as mulheres é se manter no papel de indutora de decisões em cima de alguns aspectos da cultura da empresa. “O primeiro aspecto é sobre o modelo de remuneração e recompensa. O segundo é como observar e engajar dentro de processos de crescimento na carreira e na prática desse movimento. Entender como se processam todos os mecanismos de desenvolvimento e também como que as práticas de apoio e facilitação funcionam para a mulher, principalmente para quem se tornou mãe recentemente, e ser valorizada por isso”.

Rosa ainda diz que as mulheres precisam se preparar para poder mudar seus preconceitos, suas crenças e, a partir disso, mudar seu posicionamento para uma atuação protagonista. “A mulher precisa acreditar no seu valor, na sua capacidade, precisa entender o poder do masculino sobre ela, entender essas crenças e mudar essas crenças. Encontrar motivos e situações para poder decidir. Se perguntar ‘Hoje, eu atendo às expectativas de quem? Dos outros ou das minhas? Quais são as minhas expectativas para me sentir melhor? Com quem e onde eu vou negociar o que eu quero?’. E acima de tudo, estudar, aprender, habilitar-se e manter-se antenada para o novo. Assim, você faz ouvir a sua voz, está pronta para se autorizar a sair, pensar, expressar, valorizar sua entrega. Ao mesmo tempo, fique atenta às oportunidades. O mundo pode mudar rapidamente, porém, não no tempo que se deseja. No entanto, a percepção do mundo muda sobre você”, aconselha.

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