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Brasil

‘Não defino preço na Petrobras’, afirma Bolsonaro pouco antes da estatal anunciar aumento

Empresa justificou o reajuste devido a disparada de preços do petróleo e derivados em todo o mundo

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Bolsonaro conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada
(Foto: Reprodução/YouTube)
Bolsonaro conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada

Bolsonaro conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada
(Foto; Reprodução/YouTube)

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quinta-feira (10) que não tem controle sobre o preço de combustíveis na Petrobras. Em conversa com apoiadores nesta manhã, na saída do Palácio da Alvorada, o mandatário disse “achar” que os preços dos combustíveis iriam sim aumentar, horas antes de a estatal anunciar reajustes no valor do diesel e da gasolina.

“Não estou dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras, eu não decido nada lá. Só quando tem problema cai no meu colo”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda aproveitou a conversa com os apoiadores para criticar as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) na Presidência. Em tom pessimista, ele disse que “vai ter problema de combustível no Brasil” e que “não vai demorar”.

“Lula e Dilma interferiram nos preços da Petrobras, entre outras coisas, endividaram a empresa em R$ 900 bilhões. Agora, a tendência é melhorar lá fora. Mas vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar”, declarou o chefe do Executivo.

Ao fazer o anúncio do aumento dos preços, a Petrobras justificou o reajuste devido a disparada de preços do petróleo e derivados em todo o mundo, decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia. Com isso, a partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Já o diesel sofrerá uma alta ainda maior, de 24,9%, subindo de R$ 3,61 para R$ 4,51.

Também nesta quinta-feira, o Senado Federal aprovou, por 61 votos a 8, o projeto que cria a Conta de Estabilização dos Preços dos combustíveis, um fundo com o objetivo de frear a tendência de alta. A proposta em questão estabelece a ampliação do auxílio-gás, dobrando o alcance do benefício que custeia parte do botijão de gás, e cria o auxílio-gasolina, destinando um “vale” nos valores de R$ 100 e R$ 300 reais para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos.

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