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Novembro Azul: Desinformação ainda é uma das maiores barreiras para o diagnóstico precoce do câncer de próstata

Especialista alerta para importância dos exames periódicos; chances de cura chegam a 90% quando tratamento é iniciado no estágio inicial da doença

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Novembro Azul: Desinformação ainda é uma das maiores barreiras para o diagnóstico precoce do câncer de próstata
Novembro Azul: Desinformação ainda é uma das maiores barreiras para o diagnóstico precoce do câncer de próstata

No Brasil, a cada 38 minutos um homem morre em decorrência do câncer de próstata, o mais comum à categoria, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que estima 65.840 novos casos, anualmente. A principal arma contra esse tipo de neoplasia é a informação, além da conscientização da importância dos exames periódicos. “O diagnóstico precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido”, enfatiza o urologista do Hospital Badim, Celso Dantas.


Segundo o especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Urologia, a partir dos 50 anos, quando o risco da doença aumenta, é recomendado que todos os homens iniciem o seu exame de próstata. Já no caso dos afrodescendentes e homens de qualquer grupo étnico que tenha histórico de câncer de próstata na família até primeiro grau, a prevenção deve começar aos 45 anos. Dantas lembra que ao identificar a doença no seu estágio inicial é possível optar por tratamentos menos invasivos e com menor efeitos colaterais.


Os fatores de risco do câncer de próstata são: idade, a hereditariedade e, principalmente, os hábitos de vida nada saudáveis, como o sedentarismo e a dieta rica em gorduras e proteína animal, que podem agravar o quadro de obesidade. Já os sinais de alerta, de acordo com o urologista, são dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina.


Uma das características mais perigosas do câncer de próstata está no fato de só apresentar sintomas na sua fase mais avançada, na maioria dos casos. E ainda tem a questão do tabu, que ainda é uma barreira para o tratamento do câncer de próstata, segundo o especialista. “Muitos homens ainda têm preconceito com o toque retal, isso acaba retardando a sua ida ao consultório, representando um grande risco para a sua saúde”, enfatiza o médico.

Ele acrescenta: “O toque retal é um exame clínico rápido e indolor. O procedimento e a dosagem de PSA são as recomendações da SBU [Sociedade Brasileira de Urologia] para o rastreamento do câncer de próstata. Se acharmos indícios de doença maligna, seguimos com exames de Ressonância Magnética e biópsia, assim conseguimos fechar o diagnóstico, se possível em um estágio precoce”.

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