Influenciadora famosa é alvo de operação por golpe no e-commerce
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Influenciadora com milhões de seguidores é alvo de operação por golpe no e-commerce

Investigação aponta loja virtual ligada a Mc Gaby como responsável por centenas de golpes no e-commerce

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Influenciadora Mc Gaby. Foto: Reprodução

A Polícia Civil, realizou nesta quinta-feira (10), a operação Dois Irmãos, por meio da Delegacia do Consumidor (Decon), para investigar uma empresa de e-commerce acusada de vender produtos sem realizar as entregas, mesmo após o pagamento.

A influenciadora Gabriele dos Santos, a Mc Gaby, está entre os principais alvos da operação. Ela mora em São Paulo, tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e se apresenta como modelo, cantora e blogueira.

Gaby seria uma das donas da loja virtual investigada pela Decon. Apesar de não ser alvo de mandado de prisão, a influenciadora foi conduzida à delegacia central do Espírito Santo por maus-tratos contra o filho mais novo.

Dentro do apartamento da família, segundo informações dadas em coletiva de imprensa, estava o filho de apenas 10 anos da influencer, em um ambiente com muita bagunça, fezes no meio da sala e restos de comida. Enquanto isso, a mãe estava em uma festa, divulgando nas redes sociais e atraindo consumidores para dentro do esquema criminoso.

 

Brasil perdeu mais de meio trilhão com vendas ilícitas em 2024

Em coletiva, realizada nesta quinta-feira (10), o Secretário de Defesa do Consumidor do Estado do RJ, Gutemberg Fonseca, afirmou que o país perdeu bilhões por causa de vendas ilícitas e elencou os principais números.

“Só no ano passado, o país perdeu mais de meio trilhão com vendas ilícitas. Em primeiro lugar, foram mais de 85,7 bilhões em vestuário. Em segundo lugar, mais de 82.5 em bebidas falsas. Em terceiro lugar, mais de 29 bilhões em combustíveis. E para onde vai esse recurso? Para onde vai esse dinheiro? Esse é um dos recursos utilizados pelo cérebro da criminalidade”, disse o secretário.

Foto: Lucas Araújo/Super Rádio Tupi

A Delegacia do Consumidor identificou que mais de 700 reclamações contra a empresa foram registradas no Procon. O site da empresa recebe cerca de 53 mil acessos por dia e possui grande alcance nas redes sociais, com mais de 100 mil seguidores e publicações que ultrapassam 16 mil curtidas.

Apesar disso, muitos consumidores deixam de formalizar denúncias por não se reconhecerem como parte de um grupo lesado, especialmente em casos de golpes em e-commerce, o que dificulta as investigações e ações de ressarcimento. 

Dessa forma, a Delegacia do Consumidor orientou que todas as pessoas que se consideram vítimas da empresa compareçam à unidade para formalizar a representação e solicitar inclusão no inquérito policial. Segundo as autoridades, esse passo é essencial para que os consumidores tenham a chance de buscar o ressarcimento dos prejuízos causados pela empresa.

É importante que os consumidores levem consigo documentos que comprovem a transação comercial, como comprovantes de pagamento, notas fiscais, prints de conversas ou qualquer material que demonstre a tentativa de compra ou a não entrega do produto. 

Justiça bloqueia R$ 1 milhão

A apuração, iniciada a partir de denúncias da Secretaria de Defesa do Consumidor, já identificou centenas de vítimas em todo o país.

Com apoio da Decon do Espírito Santo e da própria secretaria, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em nove endereços localizados nos municípios de Nova Friburgo e São Fidélis, ambos no Rio de Janeiro, e em Vila Velha, no Espírito Santo.

Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1 milhão, a retirada dos sites do ar, o uso de tornozeleiras eletrônicas pelos sócios e a quebra de sigilos. A operação contra o esquema segue em andamento.

O delegado da Decon, Wellington Vieira, falou sobre a importância de as vítimas procurarem a Delegacia do Consumidor para formalizar a denúncia e terem a possibilidade de serem ressarcidas.

“É muito importante que as pessoas que foram lesadas, os consumidores que não receberam suas encomendas, procurem a Delegacia do Consumidor para apresentar formalmente a sua reclamação, para que eles sejam ressarcidos”, explicou.