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Ricardo Salles e presidente do Ibama são alvos de operação contra exportação ilegal de madeira

STF determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos ocupantes de cargos e funções de confiança no Ibama e no Ministério do Meio Ambiente

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Ricardo Salles
Ex-ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro deve estrear no canal de notícias já na próxima quinta-feira (04) (Foto: Reprodução)

Ricardo Salles (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal realiza, na manhã desta quarta-feira(19), uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Os agentes atuam no Distrito Federal, em São Paulo e no Pará. O presidente dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Eduardo Bim, também é alvo da operação.

Entre os alvos estão o assessor especial do gabinete de Ricardo Salles, Leopoldo Penteado, o superintendente de apurações e infrações do Ibama, Wagner Tadeu Matiota, o diretor de Proteção Ambiental, Olímpia Ferreira, e o coordenador de fiscalização, André Heleno Azevedo.

Eduardo Bim, presidente do Ibama (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

Ao todo, 160 policiais atuam na Operação Akuanduba para cumprir 35 mandados de busca e apreensão. O pedido foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal, que além das buscas, determinou o afastamento preventivo de 10 agentes públicos que ocupam cargos e funções de confiança do Ibama e no Ministério do Meio Ambiente.

O despacho, emitido em fevereiro do ano passado, que permite a exportação de produtos florestais sem a necessidade de emissão da autorização de exportação também foi suspensa.

De acordo com informações da repórter Elen Leite, do Jornal Correio Braziliense, Ricardo Salles esteve, presencialmente, na sede da Polícia Federal, após o término da operação, para buscar mais informações sobre as investigações. O ministro estava acompanhado de um advogado.

Segundo a Polícia Federal, as investigações iniciaram em janeiro, a partir de informações “obtidas de autoridades estrangeiras”, que relataram desvio de conduta de servidores brasileiros no processo de exportação.

Nome da operação, Akuanduba é uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o estado do Pará. Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem.

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