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Shein no Brasil: até 2027 o volume de vendas pode chegar a U$100 bi

Governo Federal isenta impostos em compras de até US$ 50 em sites estrangeiros. Especialistas explicam como a medida vai impactar as vendas.

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Shein
Shein (Foto: Reprodução)

O Governo Federal definiu recentemente regras que garantem isenção de impostos federais sobre compras de até US$ 50 (cerca de R$ 250) efetuadas em sites estrangeiros, como Shein, Shopee, AliExpress, entre outros. As normas fazem parte do chamado Programa Remessa Conforme e a iniciativa encerra uma polêmica criada pelo anúncio do governo de medidas para combater a sonegação em vendas, principalmente por sites de varejo chineses. A consultoria de gestão Heartman House calcula que o volume bruto de vendas obtidos pela Shein em todo o mundo em 2022, vão quase quintuplicar até 2027, chegando a US$ 100 bilhões.

Segundo Rodrigo Giraldelli, especialista em importação da China, a isenção tributária para as plataformas estrangeiras de vendas até 50 dólares é uma decisão acertada, que beneficia tanto os consumidores quanto as empresas importadoras, pois as empresas que aderirem ao programa vão fornecer os dados das compras dando mais transparência ao setor. Já para Alex Moro, especialista em marketplaces, a ausência de tributos em compras realizadas em sites estrangeiros é benéfica para o mercado.

“Essa medida possibilita um acesso mais democrático aos produtos internacionais, ampliando o leque de opções disponíveis no mercado brasileiro. Além disso, promove uma concorrência mais leal entre as empresas, uma vez que produtos acima de 50 dólares terão a cobrança de impostos como já ocorre com as empresas Brasileiras. É um caminho do meio onde o consumidor é beneficiado para compras pequenas e as empresas brasileiras não sofre tanto com a concorrência das plataformas chinesas em produtos acima de 50 dólares”, ressalta Rodrigo Giraldelli, especialista em importação da China.

A medida de isenção de impostos federais, segundo o Governo, visa facilitar e incentivar a entrada de produtos importados no país, além de aumentar a concorrência e promover a redução de preços para os consumidores brasileiros. De acordo com a pesquisa da Connected Life, aproximadamente 74% dos brasileiros realizam compras em plataformas estrangeiras, o que representa um mercado em constante crescimento. No entanto, dentre os desafios enfrentados pelo setor, a isenção tributária para as plataformas estrangeiras de vendas no Brasil tem sido uma questão bastante debatida.

“As plataformas estrangeiras têm se destacado pela variedade de produtos oferecidos e pelos preços atrativos, tornando-as cada vez mais populares entre os consumidores brasileiros. A isenção tributária possibilita que essas plataformas continuem oferecendo produtos importados com preços mais acessíveis, contribuindo para uma maior inclusão e satisfação dos consumidores”, afirma Rodrigo.

A adesão das empresas chinesas no programa do governo fará com que elas declarem os produtos e valores que estão sendo comercializados, o que pode beneficiar positivamente as empresas importadoras brasileiras. De um outro ângulo as empresas importadoras têm a possibilidade de entrar também no mercado cross boarder e oferecer produtos de até 50 dólares com preços mais competitivos. “Além disso, a isenção tributária promove um ambiente de negócios mais favorável para as empresas no Brasil, incentivando o investimento e o crescimento econômico. É hora de se adaptar”, destaca Giraldelli.

Segundo Alex Moro, especialista em marketplaces e CEO da escola Efeito Empreendedora, a ausência de tributos em compras realizadas em sites estrangeiros é boa para o aquecimento da economia. Isso porque, segundo ele, essa isenção permite que mais pessoas físicas possam realizar compras nesses sites, expandindo o acesso a produtos e serviços de diferentes partes do mundo. “Hoje a principal forma para as pessoas que estão começando a empreender ou para as pessoas que estão querendo fazer uma renda extra, é comprar de sites estrangeiro. Essa liberdade de compra contribui para o aumento da concorrência no mercado nacional, já que consumidores têm acesso a opções internacionais com preços normalmente mais competitivos”, comenta Moro.

O especialista Rodrigo Giraldelli ressalta que é importante adotar medidas de proteção ao consumidor, como a garantia de qualidade dos produtos e a fiscalização dos impostos devidos. “É fundamental que as plataformas estrangeiras cumpram com as exigências legais e ofereçam garantias aos consumidores, para que não haja prejuízos ou problemas com a aquisição de produtos importados. Além disso, é essencial que seja realizada uma fiscalização eficiente para que os impostos devidos sejam pagos corretamente”, finaliza Giraldelli.

Sobre Rodrigo Giraldelli, da China Gate:

Formado em Administração de Empresas e Economia, o paranaense Rodrigo Giraldelli é um dos pioneiros na importação de produtos da China para o Brasil. CEO da China Gate, empresa especializada em consultoria e educação sobre importação, Rodrigo auxilia comerciantes que desejam ampliar sua margem de lucro com produtos do país asiático. Além da consultoria, Rodrigo também ministra cursos on-line para ensinar empreendedores sobre o ofício. Com profundo conhecimento em marketing digital, Giraldelli publica, semanalmente, conteúdos nas redes sociais (@chinagatebrasil) e em seu canal do Youtube sobre importação.

Sobre Alex Moro:

Alex Moro é um dos pioneiros na especialização de vendas por meio de marketplace no Brasil. À frente da 1ª escola on-line voltada para vendas nesse segmento, o santista já educou mais de 17 mil alunos diretos e mais de 500 mil pessoas por todo o país e hoje é considerado um dos especialistas mais renomados nesse mercado. Além de empreendedor na área, Moro também é Influencer Oficial do Mercado Livre e Consultor Certificado Platinum, embaixador Oficial Amazon e parceiro da Magazine Luiza, principais canais de vendas do mercado de e-commerce do Brasil.

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