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Carnaval

Pablo Guerreiro está de malas prontas para série de worksops em diferentes países do Velho Continente

Diretor artístico da Cubango viaja nesta segunda em uma turnê que contempla 11 cidades que se renderão à arte do samba

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(Foto: Lia Godoy/Divulgação)

Ultrapassar fronteiras e levar a bandeira do samba e dos ritmos herdados de nossa ancestralidade aficana aos quatro cantos do mundo tem sido uma rotina na vida de Pablo Guerreiro. O gaúcho de Porto Alegre celebra 20 anos de carreira percorrendo diferentes países onde promove, ao longo de 45 dias de viagem, workshops que envolvem muito mais do que a arte do samba no pé.

De malas prontas para a Europa, o dançarino, coreógrafo e diretor artístico da Acadêmicos do Cubango, viaja esta semana para uma turnê que contempla 11 cidades . ” Cada vez que entro em um avião rumo a algum país, penso na responsabilidade que tenho enquanto herdeiro das raízes ancestrais que vieram com meus antepassados. Muito mais do que um workshop de samba, a gente vai fazer um trabalho de propagação da nossa cultura, daquilo que o mundo reconhece e se encanta”, diz o profissional que, já aos 07 anos de idade, dizia para a mãe que o portão de casa era muito próximo para quem gostaria de chegar à lua.

Profissional dos mais requisitados, Pablo gosta de frisar que o diferencial de seu trabalho gira em torno do letramento corporal, isto é, do entendimento do aluno com o seu corpo e movimentos e, para chegar a estes resultados, ele bebeu da fonte, observando e estudando com diferentes profissionais.

Filho e neto de sambistas, usa o sobrenome Guerreiro com o orgulho de quem teve que superar todas as dificuldades em busca do reconhecimento. Inspirou-se em Michael Jackson, mergulhou no universo da dança afro, foi lapidado por Jaime Arôxa e Mestre Dionísio, até tornar-se um dos profissionais mais requisitados no meio.

“Sempre fui um apaixonado por dança e tinha a facilidade de estar em uma família onde a cultura pulsava forte. Tive a oportunidade de aprender com os melhores profissionais, desde Porto Alegre, onde pude iniciar a minha trajetória vendo passistas como Café, Girozinho, Gasparzinho e Gudi. No afro, Iara Deodoro, do Afro-Sul/Odomode foi de grande importância para que eu hoje inserisse estes movimentos nas minhas aulas”, diz o Fred Astaire do samba, apelido que recebeu por conta da leveza com que dança.

Recém chegado dos Estados Unidos, onde paricipou do International Samba Congress, Pablo vai ministrar oficinas na Suíça, França, Inglaterra, Finlândia, Polônia, Irlanda e Bélgica, sendo sua primeira vez nos três últimos países.

“Serão 45 dias muito intensos, de muito trabalho e também alinhando os projetos que tenho no Brasil. Com a proximidade cada vez maior do carnaval, o ritmo se intensifica e a gente fica de lá, estruturando o que será realizado a partir de novembro, na direção artística da Cubango. Mas, agora, o foco é propagar a nossa cultura tendo o samba como representante maior de nossa herança cultural”, comenta.

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