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Capital Fluminense

Autoridades divergem sobre antecipação da 2ª dose da Astrazeneca e deixam população em dúvida

Alexandre Chieppe, Secretário Estadual de Saúde, e Daniel Soranz, Secretário Municipal de Saúde do Rio, concederam entrevista à Tupi nesta terça-feira (13) e divergiram da decisão

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Frasco da vacina de Oxford, AstraZeneca (Foto: Reprodução)
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Frasco da vacina de Oxford, AstraZeneca (Foto: Reprodução)

Assim como outros estado do Brasil, o Governo do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), anunciou, na noite dessa segunda-feira (12), que antecipará de 12 para 8 semanas o intervalo entre as duas doses da vacina Oxford/Astrazeneca. Na contramão, a Secretaria Muncipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) anunciou, na manhã desta terça-feira (13), que não seguirá a recomendação do estado, e que a medida reduz a eficácia do imunizante em 50%. A SES nega a informação. Alexandre Chieppe, Secretário Estadual de Saúde, e Daniel Soranz, Secretário Municipal de Saúde do Rio, concederam entrevista ao _Show do Clóvis Monteiro_, da *SUPER RÁDIO TUPI*, nesta manhã, e divergiram da decisão.

Durante conversa ao vivo com o comunicador _Clóvis Monteiro_, Alexandre Chieppe afirmou que a decisão não é exclusiva da SES; e sim acordada com representantes do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) e especialistas e epidemiologistas da pasta.

“Importante dizer que essa não é uma decisão da SES. É uma decisão pactuada com os 92 secretários de saúde dos municípios do estado do Rio. Essa informação que o intervalo de oito semanas entre as doses reduz a eficácia é, no mínimo, equivocada”, se posicionou Chieppe.

Para Daniel Soranz, a medida interfere na eficácia do imunizante.

“O município do Rio não seguirá a recomendação do Governo. A vacina AstraZeneca tem 80% de eficácia quando o intervalo de aplicação é de 12 semanas ou mais. Quando você reduz esse intervalo para oito semanas, a eficácia da vacina vai para 59%”, disse Soranz.

O Ministério da Saúde, assim como a SMS-Rio, também recomenda 12 semanas, mas a bula da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável pela produção e importação da tecnologia da AstraZeneca, esclarece que “a segunda injeção pode ser administrada entre 4 e 12 semanas após a primeira”; e que não há alteração na eficácia dentro deste prazo, conforme elucidado nos estudos clínicos.

Outros estados brasileiros, como Pernambuco, Acre, Santa Catarina e Tocantins, já tinham decidido encurtar o intervalo. O objetivo é acelerar o processo de imunização da população e aumentar a proteção contra a variante delta, predominante no mundo.

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