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Ciência

Dopamina: Importante neurotransmissor responsável pela sensação de motivação e prazer

Entenda quais os efeitos que a insuficiência dela pode causar no organismo

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Dopamina: importante neurotransmissor responsável pela sensação de motivação e prazer (Divulgação)
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Dopamina: importante neurotransmissor responsável pela sensação de motivação e prazer (Divulgação)

A dopamina leva informações para várias partes do corpo. Além disso, também está ligada às emoções, nos processos cognitivos, na função cardíaca, no aprendizado e nos distúrbios neurológicos e psiquiátricos como o Parkinson, esquizofrenia ou TDAH.

A Dra. Márcia Umbelino explica que mesmo que a dopamina seja produzida de forma natural pelo corpo, no sistema nervoso central e nas supra-renais, seus níveis podem ser aumentados com o consumo de alimentos ricos em tirosina como ovos e peixes.

A tirosina é um aminoácido aromático não essencial, ou seja, é produzido pelo organismo a partir de outro aminoácido. É considerada a precursora da dopamina e, dessa forma, existem outros alimentos que também podem auxiliar no aumento de sua produção, como por exemplo, nozes, laticínios, feijão, carnes, abacate, queijos, cogumelos, espinafre, soja e outros.

Existem diversas funções importantes em que a dopamina atua no corpo. As principais são: promover o aumento da massa muscular com a ingestão de alimentos ricos em proteínas. A pessoa sente prazer em comer o alimento, o que estimula o seu consumo. Ajudar no controle da coordenação de movimentos corporais. Estudos mostram que a doença de Parkinson parece estar ligada aos níveis de dopamina no organismo.

“Uma vez que baixos, há uma dificuldade para controlar os movimentos e provoca tremores”. A Dra. Márcia, como geriatra, ressalta que os idosos devem sempre fazer o consumo de alimentos que ajudam a aumentar os níveis de dopamina no organismo para evitar que doenças como o Parkinson possam ser desenvolvidas.

Dra. Márcia, geriatra

Dra. Márcia, geriatra (Divulgação)

Se os níveis de dopamina estiverem altos, é possível ter alterações da percepção, acarretando em problemas mentais que estão ligados a transtornos como a esquizofrenia, causando alucinações e delírios. “Pessoas que têm o diagnóstico de esquizofrenia precisam seguir da maneira correta o tratamento prescrito pelo psiquiatra para que os remédios ajudem a diminuir os níveis de dopamina e, assim, os episódios de delírios e alucinações poderão ser evitados”.

Além de todas essas funções, esse neurotransmissor ainda pode garantir a saúde intestinal. O consumo de probióticos aumenta os níveis de dopamina. Foram comprovadas espécies de bactérias que vivem no intestino e estão ligadas a produção de dopamina, promovendo uma boa saúde intestinal.

É importante ficar atento aos sinais do organismo. Sintomas como a falta de motivação, de prazer, perda frequente da libido, sensação de cansaço ou alteração nos movimentos pode significar níveis baixos de dopamina. A Dra. Márcia sinaliza que ainda que a dopamina e a serotonina estejam ligadas, há diferenças entre elas. A principal delas é a fonte de sua produção.

“A dopamina é produzida a partir da tirosina, enquanto a serotonina a partir de um aminoácido chamado triptofano. Quando há, por exemplo, a redução da libido, os níveis de serotonina podem estar elevados e a quantidade de dopamina baixa. Em contra partida, os níveis baixos de serotonina podem acarretar no aumento excessivo de dopamina, causando o aumento da libido e da busca por atividades que dão prazer”.

Além disso, os níveis baixos de serotonina têm tendência a deixar a pessoa com mais vontade de comer doces, enquanto os níveis baixos de dopamina significam menos vontade de comer e menos prazer.

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