Charles Rodrigues
Alerj promove audiência pública sobre desaparecimentos forçados
Evento marca o início da Semana Internacional da Memória e lança cartilha para famílias de vítimas
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realiza, nesta segunda-feira (25), às 10h, uma audiência pública que traz à tona a grave realidade dos desaparecimentos forçados. O encontro acontece no auditório do 21º andar da sede da Alerj, no Centro do Rio, e marca a abertura da Semana Internacional de Memória por Todas as Vítimas de Desaparecimentos Forçados.
Com o objetivo de dar visibilidade às vítimas e às famílias afetadas por esse tipo de violência, o evento reúne autoridades, pesquisadores, representantes de instituições civis e do poder público, além de mães e familiares de vítimas da Baixada Fluminense.
Semana da Memória tem início com lançamento de cartilha inédita
Um dos destaques da audiência será o lançamento da Cartilha de Orientação às Famílias em Situação de Desaparecimento de Pessoas. Desenvolvido pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em parceria com a Associação Fórum Grita Baixada, o material pretende orientar e apoiar famílias que enfrentam o drama do desaparecimento de entes queridos.
A cartilha é fruto de um trabalho coletivo e colaborativo entre academia e sociedade civil organizada, reforçando a importância de iniciativas que combinem conhecimento técnico com escuta sensível às necessidades reais da população.
O que será debatido na audiência pública da ALERJ
- O evento desta segunda abordará temas como:
- A atuação do Estado em casos de desaparecimentos
- O papel das instituições na investigação e na reparação
- O impacto da violência na vida das famílias
- Políticas públicas de memória, verdade e justiça
- Estratégias para evitar a repetição dessas violações
A audiência pretende não apenas refletir sobre o problema, mas também mobilizar a sociedade para a urgência de políticas de prevenção, apuração e reparação. O espaço também é simbólico para que as vozes das famílias atingidas pela violência estatal tenham protagonismo e sejam ouvidas com respeito e empatia.
A participação da população no evento é considerada essencial para fortalecer a busca por justiça, memória e verdade, além de evitar que crimes como esses sejam esquecidos ou repetidos no futuro.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Super Rádio Tupi.