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Coronavírus

Olavo de Carvalho ignora coronavírus e convoca ato: ‘Nós cancelamos o cancelamento. Dia 15, todos na rua!’

Guru de Bolsonaro resolveu desobedecer o pedido do presidente da República e defendeu a realização das manifestações no próximo domingo

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Guru de Bolsonaro resolveu desobedecer o pedido do presidente da República e defendeu a realização das manifestações no próximo domingo (Foto: Reprodução)

Guru de Bolsonaro resolveu desobedecer o pedido do presidente da República e defendeu a realização das manifestações no próximo domingo
(Foto: Reprodução)

Considerado o guru do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), Olavo de Carvalho segue convocando pessoas para as manifestações do próximo domingo, dia 15 de março, mesmo elas já tendo sido canceladas pelos organizadores. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

Os protestos contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) foram desmarcados, na última quinta-feira, após o agravamento da crise do coronavírus. No entanto, Olavo resolveu ignorar as recomendações de evitar aglomerações e publicou nas redes sociais, na última sexta-feira, uma propaganda que dizia: “Eu vou — o bicho vai pegar” e “Enquanto Bolsonaro destrói a destruição, nós cancelamos o cancelamento. Dia 15, todos na rua!”. Além disso, o guru também enviou mensagens pelo WhattsApp em grupos olavistas.

Quem também resolveu não obedecer ao cancelamento foi a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). Em um vídeo publicado no seu perfil oficial no Twitter, na última sexta-feira, a parlamentar afirma que não cabe ao governo, aos organizadores ou ao presidente da República definir se as manifestações do dia 15 devem ou não acontecer. Para Zambelli, “niguém é dono das ruas”.

“Não cabe a nós dizer ‘vá ou não vá’. Existe uma recomendação, mas vocês é que são donos das ruas, não nós”, disse a deputada. “A imprensa vai usar qualquer coisa de ruim que acontecer nessa manifestação, pós-manifestação. ‘Teve uma pessoa grave que foi contaminada lá na manifestação’, vai cair na conta do Bolsonaro ainda que ele tenha dito para não ir”, prosseguiu.

Todavia, a atitude de Olavo de Carvalho não foi compartilhada por outros convocadores do ato. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o empresário Júnior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, afirmou que não sabia mais se iria as passeatas. “Não sei. Eu tenho 3 milhões de clientes por mês para atender. Tudo que estou fazendo nesse momento é olhar o coronavírus, administrando uma crise chegando. Acho que isso é outra história. Não sei se deve ter ou não (manifestação). Não sei como vamos acordar amanhã com esse coronavírus. Acho que isso não é a prioridade no Brasil e não é a minha prioridade agora”, declarou.

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