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‘Ele foi assassinado na porta de casa por ser preto’, disse viúva de Durval Teófilo durante protesto em São Gonçalo

Ele foi morto a tiros ao ser confundido com um ladrão pelo sargento Aurélio Bezerra

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Viúva de Durval
'Ele foi assassinado na porta de casa por ser preto', disse viúva de Durval Teófilo durante protesto (Foto: Cyro Neves/ Divulgação: Super Rádio Tupi)
Viúva de Durval

‘Ele foi assassinado na porta de casa por ser preto’, disse viúva de Durval Teófilo durante protesto (Foto: Cyro Neves/ Divulgação: Super Rádio Tupi)

Centenas de pessoas, incluindo integrantes de entidades públicas, participam, na manhã deste sábado (12), de um protesto cobrando investigações sobre o assassinato do repositor Durval Teófilo Filho, de 38 anos, morto pelo vizinho, um sargento da Marinha, que disse ter confundido ele com um assaltante no estacionamento do condomínio, onde moravam em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

A manifestação aconteceu na Praça Zé Garoto, em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Luizane Teófilo, viúva de Durval, diz que o que ocorre hoje em dia é um massacre. “Eu não vou ficar calada. Eu vou gritar pro povo que eu não sou todo mundo. Minha filha quer justiça e meu marido quer justiça porque ele foi assassinado na porta de casa por ser preto, porque estava de chinelo, de bermuda, de camiseta. Ele estava vindo do trabalho, não estava vindo de baile funk, não”, disse Fátima.

 

Veja algumas fotos:

protesto durval teófilo

Protesto contra a morte de Durval Teófilo (Foto: Cyro Neves/ Divulgação: Super Rádio Tupi)

 

protesto durval teófilo

Protesto contra a morte de Durval Teófilo (Foto: Cyro Neves/ Divulgação: Super Rádio Tupi)

 

 

Os familiares de Durval Teófilo estão sendo aguardados. Policiais militares acompanham o protesto.

A Marinha do Brasil foi oficiada nesta sexta-feira (11) a prestar esclarecimentos sobre a morte de Durval Teófilo Filho, de 38 anos, que foi morto a tiros pelo sargento Aurélio Alves Bezerra, na porta do condomínio onde moravam, em São Gonçalo, no dia 2 de fevereiro.

De acordo com o advogado da família da vítima, Luiz Carlos de Aguiar, a viúva e a filha de 6 anos de Durval estão sofrendo ameaças constantes desde o início das investigações e decidiram que vão deixar a casa onde moravam há 15 anos por medo. O imóvel deve ser colocado à venda nos próximos dias.

Por meio de nota, a defesa de Luziane Teófilo informou que uma denúncia sobre as ameaças será formalizada na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, que investiga o caso, na próxima segunda-feira (14).

Sargento da Marinha está preso

O sargento Aurélio Alves Bezerra está preso desde a noite do crime, no dia 2 de fevereiro. Inicialmente, a Polícia Civil havia indiciado o militar por homicídio culposo de Durval, quando não há intenção de matar, mas após um pedido do Ministério Público do Rio, alterou a tipificação do crime para homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Durval Teófilo, de 38 anos, foi morto a tiros ao ser confundido com um ladrão pelo sargento Aurélio Bezerra. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Estadual Alberto Torres, mas não resistiu aos ferimentos.

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