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Economia

Afinal, o preço dos alimentos vai diminuir?

Com a diminuição da renda, desemprego e aumento da desigualdade social, alta no valor dos alimentos mais básicos - como arroz e feijão - deixam os brasileiros a cada dia mais preocupados

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(Foto: Reprodução/Agência Brasil)

Foto: Agência Brasil

A maior preocupação de quem chefia uma família é ter o que comer. Ter o que dar de comer às crianças. E é justamente por isso que o alto valor dos alimentos tem chamado atenção da população. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço dos alimentos nos supermercados subiu 16% de janeiro a novembro do ano passado. Só o arroz subiu 70% e o feijão preto aumentou em 40%.

Economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para a inflação em 2021. Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, a expectativa do mercado para este ano passou de 3,43% para 3,50%. Esse foi o terceiro aumento seguido. Essa estimativa está no relatório “Focus”, divulgado nessa segunda-feira (25) pelo Banco Central (BC). Os dados foram levantados na semana passada em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Mas afinal, como será 2021? Esses preços vão se estabilizar? Haverá redução?

Em entrevista ao jornalismo da TUPI, o economista Gilberto Braga, do Instituto Brasileiro de Mercados e Capitais (IBMEC), afirmou que o contexto econômico ainda está associado à pandemia.

“O cenário econômico continua atrelado à COVID-19 e a economia mundial depende dos avanços nas produção das vacinas, eficácia na distribuição e na imunização da população mundial. O Brasil é parte desse quebra-cabeças vacinal, sendo um dos elos fracos da corrente, na medida em que as questões internas de negacionismo da doença e falta de uma política centralizada no Ministério da Saúde atrasaram o país”, analisa Braga.

As altas podem ser explicadas com uma espécie de “combo”: aumento da exportação, do dólar, mudanças de hábitos e interrupções atípicas nas produções estão entre as principais.

“O preço dos alimentos vai continuar pressionado o ano todo, com algum refresco em função de uma esperada diminuição do dólar no segundo semestre, em decorrência de um cenário mais para positivo do avanço da vacinação nos países ricos”, espera o economista.

Para economizar, a população deve ficar atenta aos produtos de época, fazer substituições quando possível e aproveitar as promoções no supermercados. As vendas já caíram cerca de 10% nesse início de 2021 e as redes estão fazendo promoções para esvaziar os estoques até o feriado do Carnaval.

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