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Economia

Bancos dominam crédito consignado e ligam alerta no mercado

Trabalhadores podem reduzir dívidas com nova regra do crédito consignado veja como fugir das taxas mais altas.

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Crédito Consignado - Créditos: milleni.photocanva

Nos últimos anos, o crédito consignado no setor privado, conhecido como Crédito do Trabalhador, tem ganhado destaque no Brasil. Essa modalidade de empréstimo, que permite descontos diretos na folha de pagamento dos trabalhadores, movimentou mais de R$ 11,3 bilhões em pouco mais de dois meses. Cinco instituições financeiras foram responsáveis por 73,3% desse montante, evidenciando uma concentração significativa no mercado.

O Banco do Brasil liderou a lista, liberando R$ 3,1 bilhões, seguido pela Parati Financeira e Facta Financeira. Apesar de o Banco do Brasil ter liberado o maior valor, a Facta Financeira foi a instituição com o maior número de contratos, com mais de 469 mil empréstimos. Essa concentração de mercado pode ter implicações importantes para a competitividade e as taxas de juros oferecidas aos consumidores.

Quais são os riscos da concentração do crédito consignado?

A concentração do crédito consignado em poucas instituições financeiras pode trazer riscos para os consumidores. Especialistas apontam que a falta de competição pode levar ao aumento das taxas de juros, prejudicando os trabalhadores que dependem desse tipo de crédito. Além disso, a concentração pode desestimular outras instituições a entrarem no mercado, limitando as opções disponíveis para os consumidores.

Samuel Barros, especialista em finanças, destaca que as instituições que dominam o mercado já possuem experiência e infraestrutura para operar essa linha de crédito, o que lhes permite oferecer condições atrativas. No entanto, essa vantagem competitiva pode ser prejudicial a longo prazo, caso a competição não seja incentivada.

Como funciona a portabilidade de dívidas no crédito consignado?

Recentemente, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) liberou a portabilidade de empréstimos consignados, permitindo que trabalhadores migrem suas dívidas para instituições que ofereçam condições mais vantajosas. Essa medida visa aumentar a competitividade entre os bancos e oferecer melhores condições aos consumidores.

Na prática, a portabilidade permite que o trabalhador quite sua dívida com o banco original e assuma um novo empréstimo com outra instituição, possivelmente com taxas de juros mais baixas. Essa mudança é facilitada pela possibilidade de usar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia de pagamento, mesmo em caso de demissão.

Bancos dominam crédito consignado e ligam alerta no mercado
Dinheiro (Créditos: depositphotos.com / verganifotografia)

Quais são as perspectivas para o futuro do crédito consignado?

O futuro do crédito consignado no setor privado brasileiro dependerá de como o mercado se adapta às novas regulamentações e à portabilidade de dívidas. A expectativa é que a competição entre as instituições financeiras aumente, resultando em melhores condições para os consumidores. Além disso, a digitalização dos processos, como a Carteira de Trabalho Digital, pode facilitar ainda mais o acesso a esse tipo de crédito.

Com a possibilidade de transferir dívidas entre bancos, os trabalhadores têm a oportunidade de renegociar suas condições de empréstimo, o que pode resultar em economia significativa. A chave para o sucesso dessa modalidade de crédito será a capacidade das instituições financeiras de oferecer produtos competitivos e acessíveis.

Qual é a conclusão sobre o crédito consignado no setor privado brasileiro?

O crédito consignado no setor privado brasileiro é uma ferramenta poderosa para trabalhadores que buscam acesso a crédito com condições favoráveis. No entanto, a concentração do mercado em poucas instituições financeiras representa um desafio que precisa ser enfrentado para garantir a competitividade e a proteção dos consumidores. A portabilidade de dívidas surge como uma solução promissora, incentivando a competição e oferecendo melhores condições aos trabalhadores.