Como usar o Crédito do Trabalhador para trocar dívidas caras por crédito mais barato

Desde abril de 2025, trabalhadores com carteira assinada no Brasil têm acesso a uma nova modalidade de crédito: o Crédito do Trabalhador. Este programa, lançado pelo governo federal, é uma iniciativa de crédito consignado privada destinada a empregados do setor privado, incluindo trabalhadores domésticos, rurais e aqueles contratados por microempreendedores individuais (MEIs). A proposta visa oferecer uma alternativa mais acessível e segura para reorganizar as finanças pessoais.

O Crédito do Trabalhador surge como uma resposta às necessidades dos trabalhadores endividados, oferecendo taxas de juros mais baixas e um processo de contratação simplificado. A integração com a Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) facilita o acesso ao crédito, permitindo que os trabalhadores recebam propostas de empréstimo de diversas instituições financeiras de forma rápida e prática.

Como funciona o Crédito do Trabalhador?

A principal inovação do Crédito do Trabalhador é a utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia, o que possibilita a oferta de juros mais baixos. As taxas médias variam entre 1,6% e 3% ao mês, significativamente menores que as de outras linhas de crédito tradicionais. Essa segurança adicional para os bancos, proporcionada pelo FGTS, permite condições mais vantajosas para os trabalhadores.

Além disso, o programa oferece a possibilidade de migração de dívidas mais caras, como as do Crédito Direto ao Consumidor (CDC), para o novo modelo. Essa funcionalidade, iniciada em abril de 2025, permite que os trabalhadores substituam dívidas com juros elevados por opções mais acessíveis, aliviando o peso financeiro mensal.

Quais são as vantagens desse benefício?

O Crédito do Trabalhador se destaca por oferecer transparência total nas condições dos contratos, que podem ser comparados entre diferentes instituições financeiras. O desconto das parcelas é realizado diretamente na folha de pagamento, com um limite de 35% do salário, o que reduz o risco de inadimplência e facilita a gestão do crédito.

Outro diferencial importante é a inclusão sem burocracia. Não há necessidade de convênios entre empresas e bancos, permitindo que qualquer trabalhador formal possa contratar o consignado privado. Isso amplia o alcance do programa, beneficiando categorias historicamente excluídas, como trabalhadores domésticos e rurais.

Quais são as perspectivas futuras para esse benefício?

Com a liberação da portabilidade entre bancos, prevista para maio de 2025, a concorrência entre instituições financeiras deve aumentar, resultando em condições ainda mais atrativas para os trabalhadores. Grandes bancos e fintechs estão se preparando para oferecer propostas competitivas, com juros cada vez mais baixos e condições de pagamento personalizadas.

O Crédito do Trabalhador representa uma mudança estrutural no acesso a financiamentos no Brasil. Ao democratizar o crédito com taxas justas e ampliar o uso da tecnologia para facilitar a contratação, o programa fortalece a cidadania financeira e alivia o peso das dívidas no orçamento das famílias brasileiras. Com a adesão crescente e a expectativa de novos aperfeiçoamentos, o programa se consolida como uma alternativa viável e eficiente para o trabalhador que busca reequilibrar suas finanças.