Em abril, transações correntes registraram saldo negativo de US$ 62 milhões

O déficit em transações correntes, correspondente a compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações, chegou a US$ 62 milhões. Os dados foram divulgados pelo Banco Central, nesta segunda-feira.

O resultado ficou próximo do registrado no mesmo mês de 2018, quando houve um déficit de US$ 61 milhões. Já o déficit de janeiro a abril chegou a US$ 8,225 bilhões, contra US$ 9,062 bilhões em igual período do ano passado.

Entre os dados das contas externas está a balança comercial, que registrou superávit de US$ 5,539 bilhões em abril, além de ter acumulado US$ 14,899 bilhões, nos primeiros quatro meses de 2019.

Por outro lado, a conta de serviços; referentes a viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, dentre outros; registrou saldo negativo de US$ 3,019 bilhões em abril, e de US$ 9,707 bilhões no primeiro quadrimestre. A conta renda primária, correspondente aos lucros e dividendos, além dos pagamentos de juros e salários, ficou negativa em US$ 2,854 bilhões no mês passado, e em US$ 14,324 bilhões em quatro meses.

Já a conta de renda secundária, gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens; teve resultado positivo de US$ 272 milhões em abril, e de US$ 906 milhões em quatro meses.

Em abril, o resultado negativo para as contas externas foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.

A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo. No mês passado, o IDP chegou a US$ 6,957 bilhões. Em igual mês de 2018, esses investimentos chegaram a US$ 2,970 bilhões. No primeiro quadrimestre, esses investimentos totalizaram US$ 28,069 bilhões, contra US$ 23,892 bilhões em igual período de 2018.