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Economia

Entenda como a nova faixa do Imposto de Renda vai impactar seu bolso

Nova isenção do Imposto de Renda pode beneficiar 90% dos contribuintes

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Entenda como a nova faixa do Imposto de Renda vai impactar seu bolso
Receita Federal - Créditos: depositphotos.com / BrendaRochaBlossom

A recente aprovação pela Câmara dos Deputados de um projeto que busca aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda no Brasil trouxe discussões significativas sobre sua viabilidade e impactos econômicos. Agora, o projeto aguarda apreciação no Senado. Se promulgada como lei, a medida promete aliviar a carga tributária de milhões de cidadãos, especialmente para aqueles com rendimentos mensais de até R$ 5.000. A alteração no sistema fiscal brasileiro é vista como um movimento em direção a uma tributação mais justa e equilibrada, reduzindo o impacto financeiro sobre aqueles que possuem rendas mais modestas.

O cerne da proposta aprovada reside na isenção total para rendimentos de até R$ 5.000 e na aplicação de uma alíquota reduzida para rendas intermediárias, especificamente para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350. Adicionalmente, o projeto propõe maiores tributações sobre indivíduos com rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, ou R$ 600 mil anuais, com um teto de 10% de imposto para aqueles que ganham mais de R$ 1,2 milhão por ano. Tal medida busca compensar parcialmente a arrecadação perdida, visando ainda uma distribuição mais equitativa da carga fiscal.

Como funcionará a nova faixa de isenção do Imposto de Renda?

De acordo com as novas diretrizes propostas, a ampliação da isenção visa beneficiar aproximadamente 90% dos contribuintes pessoa física. Uma vez implementada, cerca de 65% desses contribuintes estariam totalmente isentos de contribuição. A proposta inclui ainda ajustes no regime de tributação sobre os chamados “super-ricos”, visando uma arrecadação adicional para compensar o alívio fiscal concedido às rendas mais baixas. Essas mudanças não apenas pretendem redistribuir a carga tributária de maneira mais justa, mas também tem o objetivo de estimular a atividade econômica ao aumentar a renda disponível da classe média.

Quais são os próximos passos para a aprovação final da lei?

O caminho para a implementação final da proposta implica uma análise cuidadosa do Senado Federal, onde o projeto poderá sofrer emendas e ajustes antes de ser votado. Caso receba alterações, deverá voltar à Câmara para nova deliberação. Se o texto final for aprovado em ambas as casas, a sanção presidencial será o último passo antes que a medida entre em vigor, o que se espera que ocorra em 2026, respeitando prazos de noventena e vacância tributária. Hugo Motta, presidente da Câmara, indicou que há prioridade na conclusão da votação até setembro para garantir que as mudanças entrem em vigor conforme previsto.

Quem será beneficiado e quem pagará mais impostos?

O benefício mais direto é para aqueles que recebem até R$ 5.000 mensais, que ficarão isentos do imposto de renda. Aqueles com rendimentos entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350 experimentarão uma redução proporcional nos tributos. Esta medida reflete uma tentativa de equilibrar as demandas fiscais com a justiça econômica. Por outro lado, pessoas com rendas significativamente altas enfrentarão novas alíquotas que podem impactar significativamente sua carga tributária anual. A proposta também aborda mecanismos para mitigar a evasão fiscal em empresas, especialmente no aspecto de distribuição de lucros isentos.

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Dinheiro (Créditos: depositphotos.com / rafapress)

Que desafios e críticas a proposta enfrenta?

Não obstante os benefícios esperados, a proposta também levanta vários desafios. Uma das principais preocupações é a perda de arrecadação para o governo, que terá de encontrar maneiras eficazes de compensar a diminuição de receita. Isso poderá pressionar outras áreas do orçamento governamental, além de impactar os repasses para estados e municípios. A implementação final está sujeita a alterações no Senado, onde emendas podem alterar significativamente o escopo e os termos da proposta. A compensação através da cobrança de tributos maiores sobre altos rendimentos está sob escrutínio, uma vez que requer uma execução precisa para não comprometer a estabilidade fiscal.

Essa mudança em prol de uma economia mais equilibrada, contudo, tem o potencial de redistribuir a carga tributária de forma mais equitativa, ao mesmo tempo em que impulsiona o consumo e reduz as desigualdades econômicas. O seu sucesso dependerá de uma implementação cuidadosa e de ajustes capazes de manter o equilíbrio fiscal a longo prazo.

3 comentários

1 comentário

  1. Sirley Pereira

    6 de outubro de 2025 em 23:02

    Estamos trabalhando até morrer para pagar essa conta.Essa proposta é antiga, quando 5.000,00 tinha outro peder de compra, esqueceram disso. A gente estuda, rala para ganhar um pouco mais e tem que devolver para políticos desperdiçar, porque cobra tanto do povo e na realidade não tem saúde de qualidade e pior, não tem segurança. Deveria ter vergonha e parar de explorar quem produz nesse país. Eu parcelei o imposto em 8 vezes e ainda cobram acréscimo sobre as parcelas. Amo o nosso Brasil, mas é triste ter um políticos desses.
    Agora vem uma reforma administrativa que só Deus… eles não fazem reforma política, para reduzir o número de integrantes do legislativo, reduzir o tempo de mandato de senador, os salários e mordomias abusivas. Acorda Brasil e tira todos de lá no próximo ano!

  2. Alexandre Gomes Henriques

    6 de outubro de 2025 em 08:10

    Tributar a renda é justo!
    Mas na verdade o que mais pesa para toda a população é a tributação extremamente pesada no consumo!
    Os governantes precisam enxugar a máquina pública e reverter os impostos em serviços de qualidade para todos nós!
    O SUS não é grátis! Mas é muito inchado e ineficiente!

  3. Sandra Helena da Silva

    5 de outubro de 2025 em 17:50

    É preciso corrigir a tabela atual para quem ganha de 8 a 50 mil. Mais uma vez será a classe média a bancar os benefícios do governo.

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