Economia
Esse simples detalhe pode custar sua aposentadoria do INSS
Veja por que ele é essencial para garantir sua aposentadoria sem surpresas.
O acesso facilitado a serviços previdenciários tornou-se uma realidade com a plataforma Meu INSS, criada para simplificar o contato dos segurados com o Instituto Nacional do Seguro Social. Por meio do site ou aplicativo, trabalhadores acima de 16 anos podem consultar informações atualizadas sobre aposentadorias, pensões e outros benefícios, além de realizar diversos serviços de forma digital, sem necessidade de deslocamento até uma agência.
Um recurso fundamental é a consulta ao Extrato de Contribuições, refletindo todos os vínculos empregatícios e períodos de recolhimento ao longo da vida laboral. A precisão desses dados é essencial, pois influencia diretamente no cálculo e no direito aos benefícios previdenciários, como aposentadoria, auxílio-doença e pensão por morte. Por outro lado, inconsistências no cadastro podem exigir ações do segurado para correção, inclusive apresentação de documentos adicionais.
Quais informações são apresentadas pelo Extrato de Contribuições?
O Extrato de Contribuições, mais conhecido como CNIS, reúne registros detalhados sobre a carreira profissional do trabalhador: datas de ingresso e saída em cada emprego, salários de contribuição e eventuais complementações. Também apresenta dados sobre contribuições feitas como autônomo, vínculos recentes, períodos de afastamento e se existem lacunas ou pendências a serem regularizadas.
Entre as informações mais importantes, destacam-se:
- Empresas nas quais o trabalhador já atuou e respectivos períodos;
- Valores pagos ao INSS, especialmente após 2019, quando houve ajuste nos critérios do salário-mínimo;
- Situação de vínculos pendentes de comprovação;
- Registros de períodos em regimes próprios de previdência, caso tenha havido exercício em órgãos públicos.
Caso alguma dessas informações apresente divergência ou esteja ausente no sistema, o trabalhador deve providenciar documentos como a carteira de trabalho, recibos salariais ou termos de rescisão, garantindo que todas as etapas de sua trajetória profissional sejam consideradas no momento da análise do benefício.
Como simular a aposentadoria pelo Meu INSS?
Uma dúvida frequente entre segurados é saber quando e como será possível solicitar a aposentadoria. O simulador disponível no Meu INSS desempenha papel importante nesse processo. Alimentado pelos dados do CNIS, ele oferece uma previsão do tempo restante para atingir o direito ao benefício, além de indicar, de forma não oficial, qual será a melhor regra de transição após a Reforma da Previdência de 2019.
É fundamental destacar que o simulador de aposentadoria do Meu INSS já considera as regras de transição estabelecidas pela Reforma da Previdência de 2019. Ou seja, ao simular sua aposentadoria, o sistema incorpora automaticamente essas mudanças legislativas nas estimativas de tempo e valor do benefício, tornando a simulação mais alinhada com a legislação vigente.
Utilizar o simulador é bastante simples:
- Acessar o Meu INSS com login e senha;
- Selecionar a opção “Simular Aposentadoria”;
- Verificar os períodos registrados e sinalizar atividades não listadas;
- Analisar as regras disponíveis conforme o histórico de contribuição.
É importante notar que a simulação não considera automaticamente fatores como atividades insalubres ou especiais, que exigem documentação extra e avaliação técnica para serem reconhecidas. Isso significa que, para algumas categorias, a simulação pode divergir da análise definitiva do INSS. O trabalhador pode, ainda, acompanhar mudanças no cenário legal ou em seus próprios registros através do simulador, mantendo-se atualizado sobre seu futuro previdenciário.

Por que revisar e corrigir o CNIS é fundamental para quem quer se aposentar?
Antes de formalizar um pedido de aposentadoria, recomenda-se atenção redobrada aos dados disponíveis no CNIS. Qualquer falha ou ausência de informação pode resultar em atraso na concessão ou até mesmo na negativa de benefícios. Por isso, a revisão periódica do extrato evita surpresas indesejadas e oferece tempo hábil para reunir documentos que comprovem períodos não registrados.
Nos casos em que divergências são encontradas, o INSS orienta que os segurados anexem digitalmente os comprovantes ou agendem atendimento presencial para apresentação. Entre os principais documentos aceitos estão:
- Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);
- Contratos de trabalho formais;
- Recibos e contracheques;
- Declarações do empregador;
- Termos de rescisão contratual.
Além disso, trabalhadores rurais, servidores públicos e professores devem informar esses períodos específicos durante o requerimento, utilizando campos apropriados para garantir a análise correta das regras de concessão.
Como solicitar aposentadoria pelo Meu INSS em 2025?
Pedir a aposentadoria digitalmente pelo Meu INSS tornou o processo mais célere e acessível. Após checar e, se necessário, atualizar o CNIS, o segurado deve reunir toda documentação exigida, preencher os dados solicitados pela plataforma e anexar arquivos legíveis. O sistema exibirá os períodos computados, permitindo que falhas sejam corrigidas antes mesmo da formalização do pedido.
Caso haja solicitação de documentos complementares durante a análise, o INSS realiza contato por meio de carta, SMS ou e-mail. O acompanhamento do requerimento pode ser feito sem complicações, tanto pelo aplicativo quanto pelo telefone 135, até a decisão final do Instituto.
- Verificar os dados regularmente evita entraves no futuro;
- Anexar documentos corretos e completos agiliza a análise;
- A atualização constante das informações garante a segurança dos direitos trabalhistas e previdenciários.
O Meu INSS representa, atualmente, a principal interface entre o cidadão e o sistema de proteção social brasileiro, promovendo transparência, redução de filas e melhor gestão dos processos previdenciários para trabalhadores de diferentes setores.