‘Investimentos de Renda Fixa é aconselhado aproveitar Selic a 12,75%’, explica especialista Rodolfo Marques

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou em 1% a taxa, que estava em 11,75%, algo que já era esperado pelo mercado financeiro, que espera que o Banco Central faça mais uma alta no mês de junho. O especialista em investimentos e criador do canal “Vamos Pra Bolsa” Rodolfo Marques – que é também educador financeiro e autor do best-seller “Perguntas e Respostas sobre Fundos Imobiliários” – afirma que apesar dos investimentos serem mais vantajosos, o momento é de ceticismo.

“A Selic está subindo porque estamos com uma inflação maior. Nos últimos 12 meses, ela ficou acima de 10%. Se a inflação está maior, os juros precisam subir para contê-la, porque não é saudável uma inflação forte, em 2016 não foi diferente, a inflação estava alta e tivemos uma Selic alta, que foi caindo conforme a inflação foi contida”, diz Rodolfo, que acredita que a Selic chegará a 13,75%.

 

O que muda nos investimentos?

Rodolfo explica que investidores podem querer correr menos riscos. Ações e Fundos Imobiliários podem pagar um dividendo de cerca de 8%, enquanto que o Tesouro Selic pagará 12,75%. Portanto, a renda fixa se torna mais vantajosa. “Com elevada inflação e a subida da Selic, investimentos mais conservadores como o Tesouro Selic se tornam uma ótima opção”.

Há diversas opções com retorno de mais de 1% ao mês, conforme o prazo da aplicação. Já a caderneta de poupança continua sendo o patinho feio dos investimentos. A modalidade é a mais popular no Brasil, mas a menos rentável. O retorno está travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial), ou seja, atualmente ela perde para a inflação.

Na comparação entre Tesouro Selic e Poupança, um investidor que coloca R$5 mil no Tesouro Selic ou no CDB’s que pagam 100% do CDI, a rentabilidade de seria de R$ 500, após descontar o Imposto de Renda, de 17,5%. Já na Poupança, o mesmo valor renderia R$ 300.