Universidades migram para ensino a distância

Foto: Divulgação

Para tentar diminuir o número de casos do novo coronavírus (covid-19), as instituições de ensino superior vão recorrer à educação a distância (EAD) com o objetivo de manter o ritmo de estudos em locais onde as aulas foram paralisadas. Esta semana, o Ministério da Educação (MEC) publicou uma portaria autorizando a modalidade em cursos não presenciais.

O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Luiz Curi, disse que é importante que se entenda que essas medidas são provisórias
e que a entidade é responsável, entre outras coisas, pelo cumprimento da legislação educacional e por zelar pela qualidade do ensino.
“A instituição tem que fazer um esforço complementar no sentido de permitir o cumprimento da portaria com qualidade. Todo mundo tem que
fazer um esforço extra para que as coisas ocorram na normalidade”.

Na última quarta-feira (18), o MEC autorizou que as aulas sejam realizadas de maneira remota. Para isso, o órgão deve ser comunicado, e as instituições que optarem pela oferta a distância devem se preparar para a novidade. Já na quinta-feira (19), o Ministério da Educação liberou também que sejam realizadas a distância as aulas do primeiro ao quarto ano dos cursos de medicina.

Segundo o último Censo da Educação Superior, há aproximadamente 8,5 milhões estudantes universitários no país, destes, 6,4 milhões estão matriculados em cursos presenciais,  equivalente a cerca de 75% dos alunos em todo o país. De acordo com o monitoramento divulgado pela  Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), há, em todos os estados e no Distrito Federal, interrupções de aulas presenciais em instituições públicas e privadas de ensino superior.