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Avanço no Alzheimer chega ao Brasil com novo remédio
Nova medicação começa a ser usada no tratamento da doença.
A Anvisa aprovou recentemente o donanemabe, um anticorpo monoclonal que pode retardar a progressão do Alzheimer. Assim, pacientes em estágios iniciais ganham uma nova alternativa terapêutica. Porém o medicamento age impedindo o acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro, um dos principais fatores relacionados à doença.
Seu uso, porém, exige confirmação laboratorial da presença dessas proteínas e acompanhamento médico rigoroso.
Como o donanemabe atua no cérebro?
Comercializado como Kisunla, o donanemabe é administrado por infusão intravenosa mensal. Então, ele precisa ser aplicado em centros especializados. Seu principal objetivo é eliminar as placas beta-amiloide, ligadas à degeneração cerebral.
Além disso, estudos apontam que o tratamento pode retardar em até 35% a evolução do Alzheimer. Porém, efeitos colaterais como dores de cabeça e sangramentos cerebrais exigem atenção durante o uso.
Quais são os medicamentos disponíveis para tratar Alzheimer?
Existem diferentes classes de fármacos indicados para o tratamento da doença. Veja os principais:
1. Inibidores de enzimas
- Exemplo: rivastigmina
- Ajudam a preservar neurotransmissores
- Reduzem a evolução dos sintomas
2. Moduladores da atividade cerebral
- Exemplo: memantina
- Agem em vias específicas do cérebro
- Mitigam manifestações cognitivas
3. Sintomáticos comportamentais
- Tratam agitação, insônia e depressão
- Melhoram a qualidade de vida do paciente
- Acompanhados de suporte clínico contínuo
Esses medicamentos não curam a doença, porém colaboram com a estabilidade do quadro clínico.

Qual a importância da multiterapia no Alzheimer?
Além dos remédios, o tratamento exige uma abordagem interdisciplinar. Assim, a multiterapia reúne psicólogos, nutricionistas e terapeutas ocupacionais, que atuam para manter a autonomia e o bem-estar do paciente.
Porém essa estratégia também oferece suporte aos cuidadores, reduzindo o impacto emocional e físico do convívio com a doença.
O donanemabe substitui as demais terapias?
Não. Apesar de representar um avanço importante, o donanemabe deve ser integrado ao tratamento já existente. Então, a combinação entre medicação e suporte terapêutico continua essencial.
Assim cada caso deve ser avaliado individualmente, com base nos exames e na resposta clínica do paciente.