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Bienal do Livro

Tragédia de Mariana é relembrada em mesa de debates da Bienal

A jornalista Cristina Serra, autora de um livro sobre o caso, chamou a atenção para os planos de uma nova barragem na região antes do rompimento

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A jornalista Cristina Serra, autora de um livro sobre o caso, chamou a atenção para os planos de uma nova barragem na região antes do rompimento
(Foto: Diogo Sampaio/ Tupi.FM)

Autora do livro “Tragédia em Mariana – A história do maior desastre ambiental do Brasil”a jornalista Cristina Serra participou de uma mesa de debates com a também jornalista Ana Lúcia Azevedo e o líder indígena Ailton krenak, intitulada “Meio Ambiente, Ambiente de Todos Nós”, realizada neste sábado, no segundo dia de Bienal do Livro Rio.

Durante o bate-papo, Cristina relembrou o drama enfrentado pelas vítimas do rompimento da barragem e destacou o descaso do Estado e da sociedade com o caso. Ela também relatou um fato presente em seu livro, que foi esquecido pela grande mídia durante a cobertura: A Samarco, empresa responsável pela represa de Mariana, tinhas planos de instalar uma nova barragem a cerca de 1km de Bento Rodrigues, um dos municípios vizinhos de Mariana  destruídos pela lama.

“A Samarco contratou um estudo de uma empresa de consultoria que foi lá e fez todo o levantamento do que havia em Bento Rodrigues:  As casas de cada morador, o que tinha em cada uma delas… Justamente para poder calcular a indenização. Como eles queriam instalar uma barragem a 1km do povoado, teria de tirar as pessoas dali ou não fazer a barragem”, conta Cristina.

A jornalista ainda explica que o plano da nova barragem era antigo: “Naquela época, não só a Samarco, mas várias empresas de mineração já tinham comprado todas as terras ao redor de Bento Rodrigues”. “Um povoado do século XVII, que foi aos poucos se tornando uma ilha, com aqueles moradores cercados por terras de mineradoras”, conclui.

 

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