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Faustão terá prioridade na fila de espera por transplante de coração; entenda o motivo

Artista está hospitalizado em São Paulo desde o dia 5 de agosto, para o tratamento da insuficiência cardíaca

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O apresentador Fausto Silva, o Faustão, terá prioridade na fila de espera para receber um novo coração. De acordo com a médica Silvia Ayub Ferreira, coordenadora do Programa de Transplante Cardíaco do Hospital Sírio Libanês, pacientes que estão internados, como o caso do artista, são consideradas prioridades.

Ao Metrópoles, a médica descreveu o processo: “Quando o paciente está internado necessitando de uma medicação inotrópica, para ajudar na contração do coração, ou de algum dispositivo de assistência circulatória, ele passa na frente de pacientes que estão em casa. Ele recebe uma priorização”.

Faustão foi diagnosticado com insuficiência cardíaca e está hospitalizado em São Paulo, no Hospital Israelita Albert Einstein, desde o dia 5 de agosto, para o tratamento.

Em reportagem a Super Rádio Tupi, a médica Patrícia Adi, cardiologista e geriatra da Hapvida NotreDame Intermédica detalhou como funciona a lista única. Confira:

Quais casos são considerados prioridades?

“Os casos que são considerados prioridades, são casos em que os pacientes têm uma cardiopatia grave e já estão internados, dependentes de medicações que mantem o fluxo cardíaco. É um coração que não funciona bem, não responde a medicações orais e precisa tanto de aparelhos quanto de medicações até que o paciente consiga o transplante”, afirmou Patrícia.

Quem gerencia a lista?

“A lista é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde. Ao todo, existem duas listas: uma de prioridades, que gerencia os pacientes internados em estado grave, e a lista regular, que organiza os pacientes que conseguem ficar bem com medicação oral, mas que precisam do transplante de qualquer maneira. Cada região coordena sua lista para que não haja a entrada do mesmo paciente em duas listas”.

Quem decide quem recebe o órgão?

“A lista do sistema único decide quem receberá o órgão e, não basta somente ter a disponibilidade do órgão. Por exemplo, se um paciente tiver morte cerebral, ela precisa ser doadora e compatível com o receptor. Então, quem decide é a fila e a compatibilidade”.

Quanto tempo o paciente pode esperar na fila da lista de transplante?

“Os pacientes graves geralmente não tem muito tempo de espera. Cada caso de gravidade é um caso. Então esses pacientes têm no máximo 60 dias a base de medicações com intervenção de aparelhos. Já os pacientes da fila regular, depende de cada caso. Talvez eles consigam esperar 6 meses, ou até mesmo 1 ano”.

“Os pacientes graves, que estão dependentes da medicação, esses não conseguem e não podem esperar por muito tempo. Eles precisam com mais urgência. Os pacientes mais graves, conseguem se manter por  1 mês a base de remédios e aparelhos, já os casos graves que conseguem equilibrar ficam até dois meses, no máximo 3”, finalizou a especialista.

Confira como funciona a lista única de transplante:

Segundo o Programa Estadual de Transplantes, os receptores são separados por órgãos, tipos sanguíneos e outras especificações técnicas. Esta lista única apresenta uma ordem cronológica de inscrição, sendo os receptores selecionados nessa ordem, em função da gravidade ou compatibilidade sanguínea e genética com o doador. Portanto, a distribuição de órgãos não é somente pelo tempo de inscrição na fila, depende de diversos critérios específicos. A existência desta lista única assegura a seriedade e a transparência de todo o processo.

De acordo com a portaria 2600 do Ministério da Saúde: “Para cada órgão ou tecido disponível, deve ser feita a correlação entre as características antropométricas, imunológicas, clínicas e sorológicas do doador falecido e o CTU correspondente, empregando-se os critérios específicos referentes a cada tipo de órgão, tecido, células ou partes do corpo humano, para a ordenação dos potenciais receptores quanto à precedência.”

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