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Cultura

Novo livro infantil de Hélio de La Peña celebra paixão pelo Botafogo

Em entrevista ao site da Tupi, autor detalha processo criativo, relembra infância e destaca o papel da leitura em sua vida

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Hélio de La Peña e Lucas Jensenn, autor e ilustrador de "O Pequeno Alvinegro e a Glória Eterna". Crédito: Reprodução / Instagram

O humorista e escritor Hélio de la Peña lança “O Pequeno Alvinegro e a Glória Eterna”, livro infantil inspirado nas recentes conquistas do Botafogo. Em entrevista ao site da Super Rádio Tupi, ele detalha o processo criativo da obra, relembra a infância marcada pela leitura e comenta também seu trabalho em projetos sociais ligados a bibliotecas comunitárias no Rio.

A infância marcada pelos livros

A relação de Hélio com a leitura começou em casa, influenciada principalmente pela mãe, professora do ensino primário na Vila da Penha. Foi ela quem o alfabetizou e o estimulou a ler além das exigências escolares.

“Quem me incentivava a ler era a minha mãe. Ela que me alfabetizou e sempre deu a maior força para eu ler mais do que a escola pedia“, conta.
Entre os primeiros livros, estavam a coleção de Monteiro Lobato e histórias em quadrinhos como Tio Patinhas e Tarzan.

Hoje, ele defende qualquer porta de entrada para o hábito de ler. “Sou favorável que a leitura comece por onde for: quadrinhos, revistas, meios digitais… o importante é ter prazer.”

Descobrindo o poder da leitura

Hélio explica que só percebeu a dimensão da leitura mais tarde, já adulto. “Quando eu era garoto, eu lia porque era obediente. Não tinha noção de como aquilo poderia influir na minha vida”, diz.
O entendimento veio primeiro na engenharia, sua formação inicial, e depois, definitivamente, quando passou a escrever humor.

“A leitura te dá intimidade com o texto. Quando virei humorista e passei a trabalhar com escrita, ela fez todo sentido.”

Entre seus autores de formação, cita Monteiro Lobato, Rubem Fonseca e Nelson Rodrigues.

Botafogo para crianças: o novo livro

Livro infantil “O Pequeno Alvinegro e a Glória Eterna”. Crédito: Divulgação

“O Pequeno Alvinegro e a Glória Eterna” é uma atualização de “Meu Pequeno Botafogoense”, publicado em 2010. A ideia de revisitar a obra veio após o Botafogo conquistar a Libertadores e o Brasileirão em 2024.

“Eu sempre quis escrever um final bonito. Quando o Botafogo ganhou Libertadores e Brasileirão, eu falei: ‘A hora é agora’”, afirma.

O livro revisita a história do clube e acompanha os personagens até o fim de 2024, com ilustrações do artista Lucas Jensenn, botafoguense, como o autor. A recepção, segundo ele, tem sido imediata entre as crianças.

“A garotada tá gostando para caramba. Mandei o livro pros filhos da Andrea Sadi e foi tiro certo: eles adoraram.”

Hélio diz que o objetivo é despertar o sentimento de pertencimento desde cedo.
“Quero despertar a paixão pelo Botafogo, o time mais incrível, com o escudo mais lindo do país e uma história maravilhosa.”

Hélio e família comemorando o título da Libertadores do Botafogo em 2024. Crédito: Reprodução / Instagram

Biblioteca La Peña: literatura dentro da comunidade

Além do trabalho literário, Hélio é uma das figuras à frente da Biblioteca La Peña, iniciativa ligada à instituição Favelivro. A primeira unidade foi inaugurada no Complexo do Caju; a segunda, no Morro da Babilônia, completou dois anos em 2025.

O projeto reúne rodas de leitura, encontros com escritores, alfabetização de adultos e atividades culturais em parceria com instituições como o Instituto Arabutã, a Estácio e a Escola Alemã Corcovado.

“A biblioteca virou ponto de referência na comunidade. A gente vê o interesse pela leitura crescendo. Já teve reunião de moradores lá e levamos a Mariana Gross, a Flávia Oliveira, o Luiz Antônio Simas…” lembra.

Ele destaca momentos marcantes, como a visita do cronista Joaquim Ferreira dos Santos: “A conversa foi tão inspiradora que uma das estudantes escreveu uma crônica ali, na hora.”

Valorização da história negra e referências literárias

Entre as leituras que considera fundamentais, Hélio recomenda “Um Defeito de Cor”, de Ana Maria Gonçalves. Ele lembra a importância de narrativas que valorizem a identidade e a memória do povo negro.

“A gente cresceu lendo príncipes encantados e princesas loiras. É importante conhecer e valorizar a nossa história, nossos heróis, nossa trajetória.”

Agenda de humor

Além dos projetos literários, Hélio segue com o espetáculo “Preto de Neve”, com apresentações em várias cidades do Rio e do país.

“É sempre um espetáculo único. Vai ser um prazer enorme ter o público da Tupi lá”, convida.

Os ingressos estão disponíveis pelo Instagram do artista (@lapena) e no site casadeartistas.com.br/heliodelapena/.

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