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Por que o cheiro do mato muda depois da chuva e deixa o ar tão diferente

Um detalhe da natureza faz o cheiro ficar diferente logo após chover

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Por que o cheiro do mato muda depois da chuva e deixa o ar tão diferente
Esse aroma surge da liberação de compostos orgânicos acumulados no solo durante a seca

Quando a chuva cai sobre o solo após um período de seca, ocorre uma série de reações químicas e biológicas que resultam na liberação de compostos aromáticos no ar, fenômeno chamado petricor e responsável pelo aroma fresco associado ao cheiro do mato após a chuva. O termo foi criado por pesquisadores australianos na década de 1960 para descrever esse perfume tão distinto liberado quando a terra seca é umedecida.

Como o petricor gera o cheiro após a chuva

Entre os principais componentes desse aroma está a geosmina, uma substância produzida por microrganismos do solo. A geosmina é altamente volátil e seu odor terroso e doce é perceptível mesmo em baixas concentrações, sendo transportada pelas microgotículas liberadas contra o solo e folhas.

Quando as gotas de água atingem o solo, criam pequenas bolhas que estouram e levam compostos voláteis para o ar. Essa dinâmica é fundamental para dispersar o cheiro característico de terra molhada que sentimos após a chuva.

Por que o cheiro do mato muda depois da chuva e deixa o ar tão diferente
Aroma curioso aparece no mato após a chuva – Créditos: depositphotos.com / Noppharat_th

Por que a chuva intensifica o aroma do ambiente natural

A força das gotas de chuva ao atingir o solo influencia diretamente a liberação dos aromas. Microgotículas formadas pela queda da água encapsulam gases e óleos liberados por plantas, e ao explodirem, dispersam esses compostos pelo ambiente.

Durante a estiagem, plantas acumulam óleos voláteis que são rapidamente liberados quando a chuva retorna. Esses óleos vegetais adicionam complexidade ao aroma do ambiente após a chuva, tornando o cheiro ainda mais marcante e diversificado.

Como as bactérias do solo participam do cheiro de terra molhada

As bactérias do gênero Actinobacteria, especialmente Streptomyces, desempenham papel central na formação do petricor. Elas vivem no solo, promovendo a decomposição de matéria orgânica e, ao serem ativadas pela chuva, produzem geosmina como subproduto metabólico.

Além de contribuir para o cheiro de terra molhada, a presença de geosmina pode indicar solos biologicamente ativos. Um solo rico nesses microrganismos é normalmente sinal de boa saúde agrária.

No vídeo abaixo, o Pedro Loos comenta o motivo desse aroma tão característico que aparece após a chuva:

@opedroloos O MELHOR CHEIRO DO MUNDO (que você NÃO SABE o nome) … … é o Petricor, ou o famoso cheiro de terra molhada. E aí, você já sentiu esse cheiro? #terra #rural #sitio #interior #ciencia #biologia ♬ original sound – Pedro Loos

Como o clima afeta a intensidade do petricor

O clima influencia tanto a intensidade como a duração do cheiro da chuva. Em regiões quentes, o petricor tende a ser mais intenso, porém breve; já em ambientes frios ou úmidos, o aroma pode persistir por mais tempo, embora seja mais suave.

Vale destacar que diferentes composições de solo e tipos de vegetação também alteram o perfil aromático do petricor. Entre as variações percebidas estão:

  • Solos ricos em matéria orgânica apresentam cheiro mais forte.
  • Florestas tropicais geralmente têm aroma mais intenso que regiões áridas.
  • Solos desérticos produzem petricor mais sutil.

O que torna o cheiro de petricor tão atraente para algumas pessoas

O cheiro do petricor é frequentemente descrito como refrescante e revigorante. Pesquisas sugerem que o cérebro humano evoluiu para associar o aroma de chuva a ambientes férteis e propícios à agricultura.

Além disso, o odor pós-chuva pode evocar memórias agradáveis e sensações de renovação, ilustrando como estímulos olfativos influenciam emoções humanas diante de mudanças no ambiente.

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