Pouca gente consome hoje, mas esse alimento ajuda muito a saúde intestinal

Entre tantos ingredientes presentes no dia a dia, um alimento costuma ficar de lado nas prateleiras, apesar de oferecer benefícios relevantes para a saúde intestinal: o inhame. Esse tubérculo, comum em várias regiões do Brasil, é fonte de fibras, vitaminas e minerais que colaboram diretamente com o funcionamento do intestino, sendo acessível, versátil e ainda subutilizado nas refeições, especialmente em grandes centros urbanos.

Por que o inhame é importante para a saúde intestinal

O inhame, também conhecido em algumas regiões como cará (embora sejam espécies diferentes, muitas vezes sejam confundidos), é um tubérculo composto principalmente por carboidratos complexos e fibras. Essas fibras ajudam a formar o bolo fecal, facilitando a evacuação, reduzindo episódios de constipação e contribuindo para menor desconforto abdominal.

Outro ponto importante é a presença de amido resistente, tipo de carboidrato que não é totalmente digerido no intestino delgado e chega ao cólon, onde serve de alimento para bactérias benéficas. Esse processo auxilia na formação de ácidos graxos de cadeia curta, associados à integridade da mucosa intestinal e a um ambiente mais equilibrado no intestino.

Quais nutrientes do inhame beneficiam o organismo

Além das fibras e do amido resistente, o tubérculo fornece nutrientes como vitamina B6, potássio e manganês. A vitamina B6 participa de funções metabólicas, o potássio ajuda no equilíbrio de líquidos e o manganês está ligado a processos enzimáticos importantes para o organismo.

Esse conjunto de nutrientes não atua apenas no intestino, mas também em outros sistemas do corpo, favorecendo energia, imunidade e funcionamento muscular. Assim, o inhame se destaca como alimento funcional dentro de uma alimentação variada e equilibrada.

Como o inhame ajuda no funcionamento do intestino no dia a dia

Quando consumido com regularidade, o inhame aumenta a oferta de fibras, especialmente quando substitui opções muito refinadas e pobres em nutrientes. Ele pode entrar no lugar de massas muito processadas em preparações que precisam de uma fonte de carboidrato mais densa, saciante e de digestão gradual.

Em pessoas com intestino preso, a combinação entre fibras e boa hidratação é uma estratégia básica de cuidado. Nesses casos, o consumo regular de inhame, aliado a legumes, frutas, água em quantidade suficiente e mastigação adequada, tende a favorecer um trânsito intestinal mais estável e confortável.

Quais são as melhores formas de incluir o inhame nas refeições

O inhame pode ser utilizado em receitas menos óbvias, como sopas cremosas, purês, bolinhos assados e massas de tortas salgadas. Dessa forma, ajuda a manter o teor de fibras da refeição sem depender apenas de saladas cruas, o que é útil para quem tem dificuldade em consumir grandes quantidades de verduras.

Além disso, o tubérculo se adapta bem a preparações simples e do dia a dia, facilitando o uso constante. Abaixo, algumas formas práticas de incluir o inhame na alimentação, contribuindo para a saúde intestinal:

• Sopas e caldos: substitui parte da batata, deixando a preparação mais espessa e rica em fibras.
• Purês mistos: pode ser combinado com abóbora, mandioquinha ou cenoura para variar cor e sabor.
• Bolinho assado: massa de inhame cozido amassado com temperos e legumes, modelada e assada até dourar.
• Base de tortas salgadas: purê de inhame usado como parte da massa, em substituição parcial à farinha refinada.
• Vitamina de inhame com frutas: inhame bem cozido batido com frutas e leite ou bebida vegetal, formando uma bebida encorpada.

A importância desse alimento para a saúde do intestino é detalhada neste vídeo do Nutricionista Patricia Leite, que conta com 8 milhões de inscritos e já ultrapassa 25 mil visualizações:

Como preparar o inhame de forma segura e nutritiva

Há diversas maneiras de preparar o inhame para quem não está acostumado a tubérculos além da batata comum. Em geral, cozinhar, assar ou usar em sopas são opções que preservam boa parte dos nutrientes e resultam em textura agradável, enquanto frituras profundas não são as formas mais equilibradas para uso diário.

Antes do preparo, é importante higienizar e descascar bem o inhame cru, preferencialmente com luvas em pessoas sensíveis, e cortá-lo em pedaços menores para garantir cozimento uniforme. Assim, o consumo se torna mais seguro, prático e adequado à rotina.

Como fazer inhame cozido com ervas passo a passo

Um exemplo simples de inserir o inhame na rotina é o inhame cozido com ervas, que pode acompanhar refeições principais ou servir de base para outras receitas. Essa preparação mantém fibras e textura agradável, podendo até ser transformada em purê rústico se os cubos forem amassados ainda quentes.

1. Lavar bem os inhames sob água corrente, retirando o excesso de terra.
2. Descascar os tubérculos com auxílio de uma faca ou descascador, descartando partes escurecidas.
3. Cortar o inhame em cubos médios para garantir cozimento uniforme.
4. Colocar os pedaços em uma panela com água suficiente para cobri-los e adicionar uma pitada de sal.
5. Levar ao fogo médio e cozinhar até que os cubos fiquem macios ao espetar com garfo, entre 15 e 25 minutos.
6. Escorrer a água do cozimento e devolver o inhame à panela ainda quente.
7. Acrescentar um fio de azeite, alho picado rapidamente refogado (opcional) e ervas como salsinha, cebolinha ou alecrim.
8. Misturar delicadamente até envolver todos os pedaços, ajustando o sal, se necessário.

Quando aliado a uma alimentação variada e hábitos saudáveis, o inhame deixa de ser apenas um ingrediente esquecido e se torna uma opção relevante para quem deseja cuidar melhor da saúde intestinal, graças à combinação de fibras, amido resistente e versatilidade culinária.