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Qual é o masculino de águia?
Águia-macho ou gavião?
A língua portuguesa é repleta de nuances que refletem sua riqueza e complexidade, especialmente quando se trata dos substantivos epicenos, como “águia”, que têm uma única forma para ambos os gêneros e podem gerar confusão quanto ao seu uso correto.
Por que a palavra “gavião” não pode ser considerada o masculino de “águia”
A confusão entre “águia” e “gavião” ocorre porque ambas são aves de rapina, mas pertencem a espécies diferentes com características próprias. Enquanto a águia se destaca pelo tamanho e força, o gavião geralmente é menor e apresenta diferenças físicas significativas.
Além disso, a fêmea da águia costuma ser maior que o macho, o que mostra que as diferenças de gênero na espécie vão além da denominação popular ou do senso comum.
Como funcionam os substantivos epicenos na língua portuguesa
Os substantivos epicenos mantêm a mesma forma para designar macho e fêmea, exigindo o uso de termos como “macho” ou “fêmea” para especificar o gênero. Esse recurso evita a necessidade de criar palavras distintas para cada sexo.
Para ilustrar como essa estrutura aparece em nosso cotidiano, veja alguns exemplos comuns de substantivos epicenos usados no idioma:
- Usa-se “cobra-macho” ou “cobra-fêmea” para diferenciar o gênero da cobra.
- O termo “borboleta-macho” ou “borboleta-fêmea” é empregado da mesma forma.
- Com “tartaruga” e “foca”, utiliza-se também “tartaruga-macho/fêmea” e “foca-macho/fêmea”.

O que os substantivos epicenos revelam sobre a diversidade e adaptação do português
Esses substantivos demonstram como a língua lida com a questão do gênero de modo flexível e prático, ao invés de criar palavras diferentes para machos e fêmeas. Isso revela a criatividade e adaptabilidade do português ao longo do tempo.
A curiosidade sobre o masculino de “águia” aparentemente simples mostra, na verdade, a riqueza estrutural e histórica do idioma, além dos processos de simplificação e preservação cultural presentes na língua.