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Seu óleo de cozinha pode ser um “vilão”! A conexão chocante com o câncer!
Você nunca mais vai olhar para o óleo de cozinha da mesma forma!
Recentemente, uma pesquisa trouxe à tona uma possível ligação entre o ácido linoleico, um ácido graxo comum em óleos vegetais, e um tipo agressivo de câncer de mama. Essa descoberta reacendeu discussões sobre a influência da dieta no desenvolvimento de cânceres, especialmente considerando a prevalência do ácido linoleico em dietas modernas.
O ácido linoleico é um componente abundante em óleos como o de soja, girassol e milho. Ele é um ácido graxo ômega 6, essencial para o organismo, mas que precisa ser consumido através da alimentação. No entanto, a pesquisa sugere que, em certas condições, ele pode contribuir para o crescimento de tumores, especialmente no câncer de mama triplo-negativo.
Como o ácido linoleico interage com células cancerosas?
O estudo realizado por pesquisadores da Weill Cornell Medicine, em Nova York, identificou que o ácido linoleico pode ativar uma via de crescimento celular em células de câncer de mama triplo-negativo. Essa ativação ocorre através da ligação do ácido linoleico a uma proteína chamada FABP5, que está presente em níveis elevados nessas células cancerosas.
Essa interação desencadeia a via mTORC1, um regulador crucial do crescimento e metabolismo celular, promovendo a progressão do tumor. Em experimentos com camundongos, aqueles alimentados com dietas ricas em ácido linoleico desenvolveram tumores maiores, sugerindo que a ingestão elevada pode exacerbar o crescimento do câncer.
O que isso significa para a dieta e o risco de câncer?
Embora o estudo destaque um mecanismo potencialmente prejudicial do ácido linoleico, é importante interpretar os resultados com cautela. Não se pode afirmar que os óleos de cozinha causam câncer de mama, pois muitos outros fatores, como genética e ambiente, também influenciam o risco de desenvolvimento da doença.
Especialistas sugerem moderação no consumo de óleos ricos em ácido linoleico, especialmente para indivíduos com alto risco de câncer. Alternativas como o azeite de oliva, que possui menos ácido linoleico e mais gorduras monoinsaturadas, podem ser opções mais seguras para cozinhar.

Deve-se evitar o ácido linoleico?
Não é necessário eliminar completamente o ácido linoleico da dieta, pois ele desempenha funções importantes no organismo, como a manutenção da saúde da pele e a regulação da inflamação. No entanto, é aconselhável equilibrar a ingestão de ômega 6 com ômega 3, encontrado em peixes e sementes de linhaça, para evitar inflamações crônicas.
Organizações de saúde enfatizam que a obesidade é um fator de risco mais significativo para o câncer do que o consumo de gorduras específicas. Portanto, uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, continua sendo uma estratégia eficaz na prevenção do câncer.
Quais são as implicações futuras das descobertas?
As descobertas sobre o ácido linoleico e o câncer de mama triplo-negativo abrem caminho para novas pesquisas que possam explorar essa relação em outros tipos de câncer, como o de próstata. Além disso, reforçam a importância de personalizar recomendações nutricionais com base em fatores individuais, como os níveis de FABP5.
Embora o estudo traga insights valiosos, ele representa apenas uma peça de um quebra-cabeça complexo. A compreensão completa das interações entre dieta e câncer requer mais investigações, mas reforça a importância de escolhas alimentares informadas e equilibradas.