Botafogo
Fábio Matias relembra período no Botafogo e fala sobre futuro da carreira de treinador
Principal objetivo do clube na temporada foi conquistado sob seu comando, o que é motivo de muita felicidade nessa trajetória como treinador
O técnico Fábio Matias, responsável por colocar o Botafogo na fase de grupos da Libertadores, falou com a reportagem da Super Rádio Tupi para o Giro Esportivo. Durante a entrevista, ele relembrou como foi a passagem pelo Glorioso, que terminou com o principal objetivo da temporada naquele momento conquistado.
– “Naquele momento teve dois desafios muito grandes. O primeiro, a classificação da equipe nas fases da Libertadores da América, para entrar na fase de grupos. E também a questão da Taça Rio, em que ela dá vaga para Copa do Brasil, uma vaga direta. Então, dentro dos dois objetivos classificatórios que a gente teve naquele período, a gente conseguiu os dois, que foi a classificação para a Libertadores, mais a vaga da Copa do Brasil”, disse.
Logo após sair do Botafogo com a chegada de Artur Jorge, Fábio Matias foi para o Coritiba que está na Série B e busca o retorno para a elite do futebol brasileiro. A passagem pelo clube paranaense, no entanto, não foi do jeito que Fábio esperava.
– “Foi um período rápido, intenso, que a gente, infelizmente, não conseguiu naquele momento ter resultados, faz parte do processo, a opção da direção do clube em fazer a troca, mas foi um período válido, em termos de carreira também, pela experiência que foi naquele momento adquirida, dentro daquele processo todo, em relação à equipe. É óbvio que não foi da forma que a gente gostaria, e isso faz parte do processo do futebol profissional, que é algo que a gente conheceu bastante, nessa temporada de 2024”, disse.
Outras respostas da entrevista
– Você tem uma relação muito boa com as equipes de base, desenvolveu muitos jogadores, tem esse sonho de assumir a seleção sub-20 e olímpica?
“Um treinador que vem do processo de base, um treinador que vem do processo de construção de carreira ao longo dos anos, onde eu formatei minha carreira e solidifiquei ela nas transições, nas categorias de base, chegando ao final do processo em sub-20. Com relação à seleção brasileira, como eu posso dizer para vocês, tivemos o nome, eu acho citado muitas vezes, não tive naqueles momentos nenhum contato direto da CBF, hoje quem está à frente é o Ramon, o cara que vem fazendo o trabalho, vem desenvolvendo algo dentro da CBF. E é uma geração que é uma geração interessante, é uma geração que trabalhou na sub-20, que são jogadores que a gente teve a oportunidade de acompanhar. Então eu, como treinador, independente de hoje estar vivendo profissional, mas é importante a nossa escolha. Visualizarmos, ao longo desse período, atletas jovens. Então é um cuidado que eu tenho. Eu tenho uma prospecção de atletas que eu tenho acompanhado ao longo dos anos, para que quando eu esteja em algum clube eu saiba, pelo menos, ou tente ajudar o clube que eu vá, a prospectar jogadores, né? Tem muitos jogadores de clubes grandesque estouram a idade e não têm oportunidade. E essa oportunidade, às vezes, em futebol profissional, ela pode ser dada por alguém que conheça os jogadores. Então acho que é esse muito o objetivo nosso com essa geração. E quando eu falo de seleção brasileira, a gente tem que respeitar muito quem está à frente hoje, que é o Ramon, né? Que vem desenvolvendo esse trabalho e, em janeiro, a gente sabe que tem o sul-americano, difícil. A gente sabe que nos últimos anos o Brasil acabou tendo dificuldades. Tanto a nível mundial quanto a nível sul-americano. Mas faz parte do processo de seleções da qual a CBF está, ao longo do período, tentando se organizar”, falou.
O próximo passo agora é assumir mais uma equipe profissional do Campeonato Brasileiro? Tem alguma conversa nesse sentido para o futuro?
“A nível de futuro, a gente tem tido alguns contatos, tem tido algumas conversas. Tivemos uma, duas situações de quase-entrada, de quase-acerto, mas tem outras situações também que a gente tem aguardado. Então, a gente está esperando, a gente está passando por um momento de estudo, tenho feito algumas coisas também em relação à parte de futebol, tenho investido muito na questão da língua, do idioma, do inglês. Acho que é um período que a gente consegue fazer isso. É um período que eu consigo estar com a família, ao mesmo tempo tô acompanhando e assistindo uma grande variedade de jogos. Acho que esse é um dos pontos principais nosso nesse período, quando o treinador está parado, manter aquele que trabalha contigo dentro da comissão também. Então assim, já tivemos conversas, estamos algumas vezes em conversas também com alguns clubes, mas tudo com paciência, com calma para fazer uma boa escolha. Eu acho que esse momento meu da carreira, a escolha que eu fizer agora no próximo passo é muito determinante. Tive um trabalho maravilhoso no Botafogo, um trabalho que podemos classificar como ruim no Curitiba, então esse próximo passo ele tem que ser um passo sólido para que eu solidifique mesmo a minha carreira e consiga dar sequência nela. Eu diria que eu tô no mesmo processo do atleta que sai de sub-20 e pisa no profissional e as pessoas às vezes enxergam ele com bom potencial, mas têm um pouco de receio de colocar esse cara pra jogar. Então, eu tô vivendo um pouco esse momento, esse momento de transição, mas faz parte do processo e a gente tem também que aproveitar esse momento”, finalizou.