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Internacional

Após disparo de mísseis, cresce reação internacional perante as tensões entre Estados Unidos e Irã

Alemanha e Espanha anunciaram retirada de soldados destacado no Iraque depois do ataque. Já a China pediu a resolução do conflito pelo diálogo

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Alemanha e Espanha anunciaram retirada de soldados destacado no Iraque depois do ataque. Já a China pediu a resolução do conflito pelo diálogo
(Foto: Reprodução/BBC)

Após o lançamento de mísseis iranianos contra duas bases aéreas que abrigam tropas estadunidenses no Iraque, na última terça-feira, a comunidade internacional aumentou as reações perante as tensões entre Estados Unidos e Irã. Na Europa, pede-se moderação e algumas nações decidiram retirar parte das tropas que tinham destacadas nesse país do Médio Oriente. A China solicitou a resolução do conflito pelo diálogo e no Iraque os líderes curdos pedem para não serem envolvidos nas rivalidades.

O Reino Unido apressou-se para condenar o ataque iraniano e classificou-o de “imprudente e perigoso”. “Condenamos o ataque às bases militares iraquianas que abrigam as forças da coligação, entre as quais britânicas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab. Também a Alemanha condenou “firmemente” a agressão do Irã. “Agora é decisivo não deixarmos essa espiral crescer ainda mais”, disse Annegret Kram-Karrenbauer, ministra alemã da Defesa. “Antes de mais nada, é preciso que os iranianos não provoquem nova escalada”, completou.

Na última terça-feira, o governo alemão decidiu transferir temporariamente parte das tropas que mantém no Iraque para bases na Jordânia e no Kuwait, por motivos de segurança. As forças alemãs integram a coligação internacional comandada pelos Estados Unidos, que se encontra no Iraque e que tem como missão combater o grupo radical Estado Islâmico. A Alemanha participa da coligação com 415 soldados e transferiu agora 32.

Na França, uma fonte do governo adiantou que o país não pretende transferir nenhum dos 160 soldados que tem destacados no Iraque. Paris reiterou a importância de continuar o combate ao autoproclamado Estado Islâmico, mantendo simultaneamente o respeito pela soberania do Iraque. “A França condena os ataques feitos, na noite de ontem (terça-feira), pelo Irã no Iraque contra forças da Coligação contra o Daesh (Estado Islâmico). A prioridade é mais do que nunca a redução das tensões. O ciclo de violência deve ser interrompido”, disse o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.

Já o governo da Espanha anunciou, nesta quarta-feira, a transferência de uma parte dos seus militares destacados no Iraque para o Kuwait, por razões de segurança. “Aqueles que estavam em posições mais arriscadas foram para o Kuwait”, explicou a vice-primeira-ministra espanhola, Carmen Calvo. No Iraque, ficou “um número reduzido” de soldados espanhóis.

O Ministério da Defesa da Espanha assegurou que o contingente espanhol destacado no Iraque, que integra os militares portugueses no país, não sofreu qualquer ataque e que a situação está “calma e sem grandes alterações”. João Gomes Cravinho, ministro português da Defesa, assegurou que os 34 militares portugueses que se encontram na base de Besmayah, a 50 quilômetros de Bagdá, “estão bem” e que foram adotadas “medidas de proteção reforçadas no perímetro da base”.

A China também reagiu ao mais recente ataque, pedindo aos Estados Unidos e ao Irã que exerçam a moderação e resolvam a disputa por meio do diálogo. Pequim tem criticado os EUA pela escalada na tensão com o Irã. “Não é do interesse de nenhuma das partes que a situação no Médio Oriente piore”, declarou o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, acrescentando que o país está em contato com Conselho de Segurança das Nações Unidas para tentar ajudar a solucionar o conflito.

As informações são da emissora de televisão pública portuguesa RTP.

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