Conecte-se conosco

Internacional

‘Atacar a imprensa livre se tornou pilar de líderes iliberais no Brasil’, afirma editorial do The New York Times

Jornal estadunidense criticou acusação criminal contra o jornalista Glenn Greenwald, criador e proprietário do site The Intercept

Publicado

em

Jornal estadunidense criticou acusação criminal contra o jornalista Glenn Greenwald, criador e proprietário do site The Intercept
(Foto: Reprodução)

O jornal estadunidense The New York Times publicou, nesta quarta-feira, um editorial que classifica a acusação criminal contra o jornalista Glenn Greenwald, criador e proprietário do site The Intercept, como um “caso familiar de: atire no ‘mensageiro’ e ignore a mensagem”. Glenn e mais sete pessoas foram denunciadas, na última terça-feira, pelo Ministério Público Federal (MPF), por prática de organização criminosa, lavagem de dinheiro, bem como pelas interceptações telefônicas realizadas pelos investigados.

De acordo com o editorial, a série de reportagens publicadas pelo The Intercept,  apelidadas como “Vaza Jato”, “fizeram o que a imprensa livre deve fazer: elas revelaram um lado doloroso daqueles no poder. Furar a imagem heroica de (Sérgio) Moro foi, obviamente, um choque para os brasileiros, e danosa à Bolsonaro, mas pedir que os defensores da lei sejam escrupulosos na fidelidade a ela é essencial para a democracia. Atacar os portadores dessa mensagem é um sério desserviço e uma ameaça perigosa ao Estado de Direito”.

O texto publicado pelo The New York Times ainda diz: “Infelizmente, atacar a imprensa livre e crítica se tornou o pilar da nova raça de líderes iliberais no Brasil, bem como nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Acusações de transgressões são desqualificadas como ‘fake news’ ou calúnia política, e o poder do Estado é usado, não contra as autoridades acusadas, mas contra o repórter”.

Segundo a acusação feita pelo MPF à Justiça Federal, Glenn auxiliou, incentivou e orientou o grupo durante o período das invasões a celulares de autoridades brasileiras. O procurador Divino de Oliveira também ressaltou, no texto da denúncia, que o jornalista teria instruído os integrantes do grupo criminoso a destruir as mensagens interceptadas.

Continue lendo