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Capital Fluminense

Bruno Krupp e mãe de jovem atropelado na Barra Tijuca testemunham em primeira audiência do caso

Modelo assumiu que pilotava a moto acima de 100 km/h. Marina Lima, bastante emocionada, descreveu toda a situação após o filho ser atingido

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Bruno Krupp
(Foto: Reprodução)

Bruno Krupp testemunhou pela primeira vez nesta sexta-feira (11), após matar um jovem atropelado na Barra da Tijuca. Além do réu, a mãe do jovem assassinado, que é assistente de acusação, também testemunhou. A sessão foi presidida pelo juiz Gustavo Gomes Kalil.

Bruno se recusou a responder às questões do Ministério Público e do juízo da 4ª Vara Criminal da Capital, por orientação da defesa. Ele foi denunciado pela morte de João Gabriel Cardim Guimarães, de 16 anos, na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Bruno está preso desde agosto.

Bruno respondeu somente as perguntas dos seus advogados e admitiu que pilotava a moto a mais de 100 km/h, mas que respeitava a sinalização. Ele afirmou que avistou os pedestres à frente e calculou que teria tempo e espaço para passar sem atingi-los, tentando jogar a moto para a direita, mas que bateu em João assim que ele se movimentou para tentar evitar o impacto.

O réu também contou que só soube do falecimento de João dias depois, no hospital, quando um amigo contou a ele. No fim de seu depoimento, ele pediu desculpas à mãe e à família de João Gabriel.

A mão da vítima, Marina Lima, que também é assistente de acusação no processo, testemunhou nesta sexta-feira. Ela disse que eles saíam de uma festa quando ela sugeriu que eles fossem dar um passeio na praia. Ao atravessar a via, ela viu alguns carros parados à distância e então viu um vulto passar e arrastar seu filho.

Ela foi a primeira e prestar socorro ao jovem. Marina afirmou que João estava lúcido, que chegou a conversar e rezar com ele, e que o jovem reclamava de dores na perna. Segundo Marina, João não havia notado que sua perna tinha sido amputada imediatamente com a força do impacto.

As outras três testemunhas de acusação foram um motorista, que viu a moto passar em alta velocidade no sinal em que estava parando e presenciou o acidente, o garçom de um quiosque próximo ao local que contou ter fornecido uma caixa com gelo para colocar a perna de João, e o policial que atendeu ao chamado da operação, que recordou que a moto de Bruno estava sem placa e ele não tinha habilitação.

Já pela defesa, testemunharam dois amigos de Bruno e um amigo de seu pai, que contaram que ele costumava frequentar moto-clubes desde pequeno e tinha experiência pilotando motos, paixão que tinha desde a infância. Ricardo Molina, assistente técnico contratado pela defesa, também deu depoimento e fez uma análise das causas do atropelamento.

Krupp virou réu depois que o mesmo juiz, Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, aceitou a denúncia do Ministério Público por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar, no dia 26 de agosto.

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