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Capital Fluminense

Justiça converte em preventiva prisão de mulher acusada de aplicar golpe de R$ 700 milhões na própria mãe

De acordo com as investigações da Polícia Civil, quadrilha enganava vítima alegando que a filha precisaria passar por um tratamento espiritual. Diversas obras de arte, joias e transferências bancárias foram exigidas pelos criminosos.

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Filha é suspeita de roubar R$ 700 milhões em dinheiro e obras de arte
Filha é suspeita de roubar R$ 700 milhões em dinheiro e obras de arte (Foto: Reprodução)

A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão temporária de Sabine Boghici, acusada de dar um golpe milionário na própria mãe, Geneviève Boghici, de 82 anos. A juíza Simone de Araujo Rolim, da 23ª Vara Criminal da Capital, determinou ainda a quebra dos sigilos telefônico e telemático de Sabrine e mais cinco envolvidos no esquema criminoso, além do sequestro de bens dos acusados.

Consta na decisão que, a partir da quebra, devem ser informados todos os contatos existentes nos aparelhos, fotografias registradas, ligações recebidas e feitas, registros de voz e de mensagens escritas, inclusive as do aplicativos de mensagens..

“(…) A quebra do sigilo de dados telefônicos requerida pelo Ministério Público, irá possibilitar a apuração dos fatos, sendo o meio mais eficaz para se identificar a localização dos bens subtraídos. Assim sendo, se verifica a imprescindibilidade da medida, uma vez que a investigação, através de seus meios ordinários, não logrou êxito em apurar o paradeiro das joias subtraídas”, escreveu a juíza.

Operação Sol Poente

De acordo com as investigações da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa de Terceira Idade (Deapti), Geneviève Boghici teve um prejuízo de mais de R$ 700 milhões, após ter sido extorquida e obrigada a entregar obras de arte e joias aos integrantes da quadrilha, que foram presos em agosto.

A cigana Rosa Stanesco Nicolau, conhecida como “Mãe Valéria de Oxóssi”, e o filho dela, Nicolau Traslaviña Hafliger, foram presos pela Polícia Civil no último dia 10, no âmbito da operação ‘Sol Poente’, que investiga um esquema de roubo de obras de arte em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Mãe e filho ludibriavam a idosa de 82 anos, alegando que poderiam curar o problema psicológico da filha dela através de tratamentos espirituais. A história foi tramada pela outra filha da vítima, que tinha o objetivo de tomar o dinheiro da mãe e tirar dela cerca 16 obras de arte milionárias, deixadas pelo padrasto, um empresário que também atuava como colecionador.

Para que o falso tratamento espiritual fosse realizado, eles obrigavam a idosa a fazer transferências bancárias de valores que ultrapassavam até R$ 1 milhão.

Diana Rosa Aparecida Stanesco Vuletic, meia-irmã de Rosa, Jacqueline Stanescos, prima de Rosa e Diana e Slavko Vuletic, pai de Diana e padrasto da Rosa também são acusados de de participar do esquema.

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