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Justiça

Justiça do Rio nega revogação de prisão de Maurício Demétrio

Delegado foi preso acusado de chefiar esquema de propinas com lojistas de Petrópolis

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Delegado Maurício Demétrio
Foto/Cyro Neves - Super Rádio Tupi

A Justiça do Rio negou o pedido de revogação de prisão por parte da defesa do delegado da Polícia Civil Maurício Demétrio, preso em junho de 2021 sob a acusação de chefiar esquema de cobrança de propina de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

Bruno Monteiro Rulière, juiz da 1º Vara Criminal Especializada entendeu na decisão que não surgiu um novo motivo capaz de afastar a necessidade da manutenção da prisão do delegado. A defesa alegava excesso de prazo da custódia.

Demétrio, que era titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), foi preso após investigação garantir que ele recebia um valor dos lojistas para permitir a venda de roupas falsificadas na região, conhecida pelo mercado têxtil. Ele responde por associação criminosa, obstrução à Justiça, lavagem de dinheiro ou ocultação de bens e cobrança de propina.

“A que se registrar que, no caso, os fatos com relevância penal atribuídos ao réu se deram, em tese, num contexto de condutas gravíssimas de embaraço a investigações e eventuais ataques a eventuais desafetos, incluindo agentes públicos que atuaram nas investigações. Com efeito, tal situação narrada acima ganha absoluta pertinência para análise de eventual periculosidade do estado de liberdade do agente. Portanto, em sede de cognição sumária, revela-se atual e contemporâneo o risco à ordem pública causado pelo estado de liberdade do imputado”, registrou o magistrado.

A investigação contra Maurício Demétrio se deu início após denúncia de uma das lojistas, que se recusou a pagar a taxa de R$ 250,00 por semana para manter as vendas dos produtos falsificados. Na mesma semana, uma operação da delegacia chefiada por Maurício apreendeu mais de 100 peças de roupas ilegais na loja da mulher.

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