Justiça
Justiça nega novos recursos apresentados pelas defesas de Jairinho e de Monique Medeiros
Decisão é da 7ª Câmara Criminal do Rio, que manteve um parecer anterior da Corte que ampliou os crimes que os dois terão de responder em júri popular
Os desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Rio negaram por unanimidade, nesta terça-feira (11), os recursos apresentados pelas defesas do ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e da professora Monique Medeirosda Costa e Silva,. Os dois são acusados de envolvimento na morte do menino Henry Borel, de quatro anos, em 08 de março de 2021.
No embargo de declaração, os advogados do ex-vereador questionavam uma suposta omissão do último acórdão da 7ª Câmara Criminal em relação às provas obtidas através dos celulares de Jairinho, de Monique e da babá Tayná Oliveira Ferreira, além da manutenção das qualificadoras “meio cruel” e “recurso que impossibilitou a defesa da vítima”. Já a defesa de Monique Medeiros pedia que fosse rejeitada a denúncia de tortura e de homicídio por omissão.
A decisão pela inclusão desses novos crimes ocorreu no último dia 27. Na ocasião, os desembargadores da Corte atenderam a um recurso protocolado pelo Ministério Público do Rio e pelo assistente de acusação do caso, Leniel Borel, pai do menino Henry.
Com isso, Jairinho passou a responder por homicídio qualificado com emprego de crueldade e de impossibilidade de defesa da vítima, tortura e coação no curso do processo. Já Monique foi indiciada por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; além de tortura e coação.
Defesa de Jairinho quer levar recurso para o STJ
Após a decisão da 7ª Câmara Criminal de rejeitar os recursos, a reportagem da Super Rádio Tupi entrou em contato com a defesa de Jairinho. Os representantes do ex-parlamentar informaram que pretendem levar o caso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“A defesa do médico Dr. Jairinho a partir de agora vai ingressar com um recurso especial no STJ contra as decisões da 7ª Câmara Criminal, para que seja reconhecida as nulidades configuradas na tramitação do processo. A defesa ainda vai buscar algumas adequações jurídicas relacionadas à extensão da decisão de pronúncia”, diz nota oficial assinada pelo advogado Cláudio Dalledone Júnior.
A reportagem da Super Rádio Tupi também entrou em contato com a defesa de Monique Medeiros. No entanto, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.