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Justiça

Justiça aumenta lista de crimes que Jairinho e Monique Medeiros terão de responder em júri popular

Mãe e padrasto de Henry Borel são acusados da morte do garoto de quatro anos em 08 de março de 2021

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Jairinho e Monique em entrevista ao 'Domingo Espetacular'
(Foto: Reprodução)

A Sétima Câmara Criminal do Rio atendeu, nesta terça-feira (27), ao recurso do Ministério Público do Estado e do assistente de acusação, Leniel Borel, e ampliou os crimes que o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e a professora Monique Medeiros, irão responder em júri popular. Os dois são acusados pela morte do menino Henry Borel, de quatro anos, em 08 de março de 2021.

Em novembro do ano passado, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Rio, determinou que Monique Medeiros respondesse por homicídio e omissão. A magistrada também estabeleceu que Jairinho fosse julgado por homicídio triplamente qualificado com emprego de tortura, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

No entanto, após o julgamento desta terça-feira, Monique Medeiros irá responder ao todo por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima; tortura e coação no curso do processo. Já Jairinho será julgado por homicídio qualificado com emprego de crueldade e de impossibilidade de defesa da vítima; além de tortura e coação.

Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, Leniel Borel, pai de Henry e assistente de acusação no caso, comemorou esta decisão. “Tivemos mais uma vitória, com a 7ª Câmara Criminal mantendo a pronúncia de Jairo e Munique indo para o sistema jurídico mais justo que existe nesse país que é o júri popular. Deixe os jurados julgarem os dois”, pontuou.

“Hoje vivemos mais um capítulo na luta por justiça pelo meu filho. São dois anos e meio buscando por isso incansavelmente, tendo muitas vezes que provar o óbvio. São três pessoas que entraram naquele apartamento, sendo que apenas duas adultas saíram vivas e uma criança morta. Há provas substanciais no processo. Quero agradecer a todos que nos apoiam, que lutam conosco e que clamam por justiça pelo nosso Henry Borel”, declarou o pai do garoto.

Ainda durante a sessão dessa terça-feira, os desembargadores da 7ª Câmara Criminal deram provimento parcial a um recurso da defesa de Jairinho, que pedia a exclusão da qualificação de motivo torpe da acusação. Na conversa com a Super Rádio Tupi, Leniel declarou que pretende entrar com uma ação contra essa decisão favorável ao ex-vereador.

“Ficamos um pouco triste com o fato de terem tirado uma das qualificadoras de Jairo, que é o crime por motivo torpe. Estamos vendo se iremos recorrer ou não. Mas, desde já, esperamos que o caso seja julgado no futuro próximo, que a juíza marque logo essa audiência, esse júri popular, para que o nosso Henry tenha finalmente paz”, relatou Leniel.

Apesar dessa vitória da defesa, outros recursos apresentados pelos advogados de Jairinho e de Monique foram negados pelos desembargadores. Entre eles, o que pedia para que os réus não fossem a júri popular. Outra solicitação rejeitada foi a de liberdade provisória para o ex-vereador.

Em seu voto, o desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, relator do caso, recordou os testemunhos dados ao longo da instrução processual, que relataram episódios de agressão sofridos por Henry. “Os fatos em apuração são graves, razão pela qual a ordem pública reclama a manutenção da prisão de Jairo. Quanto a ré Monique, que está em liberdade por força de decisão do Superior Tribunal de Justiça, não cabe avaliar a reforma decisão”, declarou o magistrado na sessão.

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