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Cardeal sancionado por abuso sexual integra atividades pré-conclave e gera polêmica

Juan Luis Cipriani, do Peru, foi punido pelo Papa Francisco em 2019, mas circula no Vaticano durante fase preparatória do conclave

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Rodrigo Craveiro
Foto: Rodrigo Craveiro

O cardeal peruano Juan Luis Cipriani Thorne, de 81 anos, punido pelo Papa Francisco em 2019 após acusações de abuso sexual, está participando das Congregações Gerais que antecedem o próximo conclave no Vaticano, gerando desconforto nos bastidores da Igreja Católica, como informa o enviado especial Rodrigo Craveiro, do Correio Braziliense.

Cipriani, que liderou a Arquidiocese de Lima por décadas e é membro do Opus Dei, foi alvo de acusações de ter abusado sexualmente de uma adolescente em 2018. Como resultado, o Vaticano impôs sanções que limitavam sua atuação pública, seu local de residência e o uso de símbolos e insígnias clericais. Além disso, ele foi proibido de retornar ao Peru sem autorização e de participar de um eventual conclave, caso ainda fosse eleitor.

Cardeal não tem direito a voto

Apesar das restrições, o cardeal, que não tem direito a voto por já ter ultrapassado os 80 anos, tem circulado entre os demais religiosos e participado de momentos solenes, como os sufrágios pelo pontífice falecido. Sua atuação tem sido descrita como “normal”, como se nenhuma sanção estivesse em vigor.

Até o momento, o Vaticano não se pronunciou oficialmente sobre a presença de Cipriani nas reuniões. Questionado por jornalistas, o porta-voz Matteo Bruni limitou-se a dizer que o caso é conhecido e que, diante da ausência de decisões adicionais, “cada um deve tirar suas próprias conclusões”.