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Inovação japonesa propõe casas flutuantes para enfrentar terremotos

Sistema inspirado em trens de levitação magnética busca reduzir colapsos estruturais durante terremotos intensos

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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Casas que flutuam durante terremotos, utilizando princípios da levitação magnética, estão sendo testadas como uma solução inovadora para salvar vidas em áreas de alta atividade sísmica. Inspiradas na tecnologia dos trens Maglev, essas construções são capazes de se elevar até 50 cm do solo durante tremores, minimizando os impactos da agitação e protegendo moradores de desabamentos — principais causas de mortes em terremotos.

Como funciona a tecnologia das casas flutuantes?

O sistema utiliza ímãs potentes e sensores sísmicos, que, ao identificarem vibrações do solo, ativam mecanismos de levitação magnética para suspender a estrutura temporariamente. Para evitar rompimentos, conexões de água e esgoto são equipadas com sanfonas flexíveis, que acompanham o deslocamento da casa.

O objetivo é prevenir o colapso estrutural, que responde pela maior parte das vítimas fatais em terremotos.

A tecnologia Maglev é segura para terremotos fortes?

Apesar do potencial, especialistas apontam desafios técnicos e limitações. Segundo Deke Smith, diretor do Earthquake Safety Council, os testes atuais não contemplam os movimentos verticais severos, comuns em terremotos de alta magnitude. Além disso, a energia necessária para manter um campo magnético estável e eficaz em grandes estruturas ainda é um entrave.

Outro ponto crítico é o alcance limitado de elevação dos sistemas testados até agora. Em alguns casos, como o da Air Danshin, a elevação máxima de três centímetros não seria suficiente para terremotos com deslocamento vertical significativo, podendo resultar em escorregamento das fundações.

O que esperar do futuro das construções antissísmicas?

A tecnologia de casas flutuantes representa um avanço promissor na engenharia de desastres, mas não é uma solução definitiva. O Japão e outros países com histórico sísmico forte continuam investindo em métodos complementares, como isolamento sísmico por rolamentos e fundações com sistemas de amortecimento avançado.