OMS, China e União Europeia lamentam decisão de Trump de suspender verba para a organização

Diretores da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmaram nesta quarta-feira (15) que vão analisar o impacto que a decisão do presidente americano, Donald Trump, de suspender o financiamento à entidade pode ter, e que vão trabalhar para deixar as lacunas financeiras causadas pela medida.

“Os EUA são um amigo de longa data e generoso com a OMS e esperamos que continue assim. Lamentamos a decisão do presidente dos Estados Unidos ordenar uma interrupção do financiamento à OMS”, afirmou o diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

O diretor afirmou ainda que a OMS não luta somente contra a Covid-19, mas também contra doenças como poliomielite, sarampo, malária, Ebola, HIV, tuberculose, desnutrição, câncer, diabetes e problemas de saúde mental. A OMS reforçou o compromisso com a saúde mundial, independente do país.

“Nossa missão é trabalhar com todas as nações igualmente sem levar em conta o tamanho de suas populações ou economias”, completou Tedros.

A União Europeia e a China também criticaram a medida tomada por Trump. “Não há razão que justifique essa medida em um momento em que esforços são mais necessários do que nunca”, disse o líder da política externa da União Europeia, Josep Borrell, no Twitter.

“Pedimos que os EUA cumpram suas responsabilidades e obrigações e que apóie a OMS para liderar a campanha internacional contra a epidemia. Esta decisão [de suspender o financiamento] vai reduzir a capacidade da OMS e minar a cooperação internacional contra a epidemia”, afirmou Zhao Lijian, porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China.