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Vídeo: ataque a bomba e queda de helicóptero deixam 18 mortos na Colômbia
País enfrenta novo pico de violência com ataques coordenados que atingiram civis e forças de segurança
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou esta quinta-feira (21) como um “dia de morte”, após um ataque com explosivos em Cali e o abate de um helicóptero policial em Amalfi, Antioquia, que deixaram ao menos 18 mortos – seis civis e 12 policiais.
Segundo a prefeitura de Cali, ao menos 65 pessoas ficaram feridas no atentado. Os incidentes reacenderam críticas à política de “paz total” do governo, em meio ao fortalecimento de grupos armados no país.
Explosões em Cali
O ataque em Cali foi realizado com cilindros-bomba contra a base aérea Marco Fidel Suárez, no norte da cidade.
Moradias próximas foram danificadas, ruas foram bloqueadas e edifícios precisaram ser evacuados. A polícia encontrou uma van suspeita com cilindros-bomba, que depois foram descartados como ameaça.
O prefeito Alejandro Eder anunciou recompensa de até 400 milhões de pesos (R$ 545 mil) por informações que levem aos responsáveis.
Veja imagens:
@latinus_us Se registra ataque terrorista cerca de la Base Aerea Marco Fidel Suárez en Cali, Colombia. #Latinus #InformaciónParaTi ♬ original sound – Latinus
Helicóptero abatido em Antioquia
Horas antes, em Amalfi, um helicóptero da polícia foi derrubado por drones explosivos, segundo a imprensa local, matando 12 policiais.
O helicóptero apoiava operações contra plantações ilícitas quando foi atacado. O ministro da Defesa atribuiu a ação ao Clã do Golfo, mas Petro responsabilizou dissidentes das Farc.
🚨Colombia en guerra🚨
— Santiago Giraldo 🇨🇴 (@SantiGiraldo176) August 21, 2025
Escalada de violencia y horror en Colombia.
En un solo día derriban un helicóptero en zona rural de Amalfi y cometen un atentado en la Escuela de aviación militar en Cali.
NO HAY GOBIERNO. PETRO ES UN INEPTO pic.twitter.com/aVLBTtP8m9
Grupos armados e disputa territorial
O Vale do Cauca e o Cauca são alvos recorrentes de ataques, onde atuam dissidências das Farc, facções do paramilitarismo e o ELN, em disputa por rotas de narcotráfico e controle territorial.
Desde janeiro, a violência aumentou com confrontos em várias regiões e uma grave crise humanitária em Catatumbo, que deixou mais de 117 mortos e 60 mil deslocados.
Reações políticas
A oposição, liderada pelo Centro Democrático, de Álvaro Uribe, acusou Petro de “proteger criminosos” enquanto a violência cresce. O Partido Liberal também declarou que a paz total fracassou.
Petro rebateu, mostrando dados oficiais que apontam queda da taxa de homicídios em relação a governos anteriores.
Com a eleição presidencial prevista para agosto de 2026, a segurança pública se consolida como um dos principais temas da campanha, em meio à crescente polarização política.