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Família de músico morto em ação do exército receberá indenização de R$ 2 milhões

Acordo foi homologado nesta sexta-feira (22) pela Justiça Federal do Rio de Janeiro

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Veículo de Evaldo Rosa foi atingido por 80 disparos feitos por militares do Exército
Veículo de Evaldo Rosa foi atingido por 80 disparos feitos por militares do Exército - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo com os familiares do músico Evaldo Rosa dos Santos, morto em 2019 durante ação de militares do Exército Brasileiro, que prevê o pagamento de indenização total de R$ 2 milhões pela União ao filho, à esposa, ao pai e aos irmãos do artista, além do pagamento de pensão mensal para a esposa e para o filho de Evaldo, no valor de um salário mínimo e meio para cada.

Durante a ação do Exército, o carro onde Evaldo estava com a família em Guadalupe, na Zona Oeste, foi atingido por 80 tiros, sendo que 9 acertaram o músico. O catador Luciano Macedo foi atingido por três tiros ao tentar ajudar o músico e também morreu.

Com o acordo, que foi homologado nesta sexta-feira (22) pela Justiça Federal do Rio de Janeiro no âmbito da ação movida pela família para pleitear o pagamento de indenização, todos os processos judiciais relacionados ao episódio foram encerrados de forma consensual.

Julgamento dos militares:

Por três votos a dois, oito militares do Exército foram condenados no dia 14 de outubro de 2021, por matar o músico Evaldo dos Santos Rosa, de 51 anos, e o catador de materiais recicláveis, Luciano Macedo, em abril de 2019, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro. A sentença foi anunciada depois de mais de 15 horas de julgamento.

Segundo a decisão, o tenente Ítalo da Silva Nunes, que chefiava a ação, foi condenado a 31 anos e seis meses de reclusão, e os outros sete militares foram condenados a 28 anos de reclusão, pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Outros quatro militares que estavam no local no dia do crime foram absolvidos, já que não teriam atirado contra as vítimas. Os 12 foram absolvidos pelo crime de omissão de socorro.

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