O miliciano Toni Ângelo, apontado como um dos líderes e fundadores da milícia conhecido como Liga da Justiça, foi trazido de volta ao Rio de Janeiro e agora cumpre pena Penitenciária Laércio da Costa Pellegrini, conhecida como Bangu 1.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária durante a tarde desta quarta-feira (07).

A defesa do criminoso que estava no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte,  obteve uma decisão judicial favorável que garantiu ao miliciano o direito de retornar para o estado do Rio de Janeiro.

Por causa do protocolo que busca evitar a propagação da Covid-19 nas unidades prisionais, Toni Ângelo está cumprindo o período de isolamento social em uma ala diferenciada dos demais presos da unidade.

A Liga da Justiça

Além de Toni Ângelo, o grupo paramilitar era liderado pelos milicianos Ricardo Teixeira Cruz, o Batman; e Marcos José de Lima, o Gão, todos ex-policiais.

A atuação da Liga da Justiça se estendia pelos bairros de Campo Grande, Santa Cruz, Cosmos, Inhoaíba e Paciência, todos na Zona Oeste, do Rio de Janeiro.

Os milicianos eram acusados de cometer diversos assassinatos e exercer o controle econômico e territorial da região.

A ascensão do Bonde do Ecko

Após a prisão dos líderes da Liga da Justiça durante operações da Polícia Civil e do Ministério Público em 2007 e 2008, o ex-traficante Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes assumiu a posição de comando do grupo paramilitar.

O criminoso foi assassinado em abril de 2017, durante uma operação da Polícia Civil. Carlinhos Três Pontes foi baleado no interior de uma casa, na Rua Aporuna, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

Com a morte do líder da principal nome da milícia do Rio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, se tornou o número um da hierarquia da Liga da Justiça. Atualmente, o nome do grupo faz referência ao líder: Bonde do Ecko.